O coração incorrupto de Padre Roque Gonzáles
Roque Gonzáles nasceu em 1576, em Assunção do Paraguai. Aí
estudou e foi ordenado sacerdote diocesano, experimentando logo as missões
indígenas com valorosa dedicação. Entrou na Companhia em 1609. Sabedor exímio
da língua guarani, após um ano de Noviciado teve que pacificar os guaicurus. Em
30 anos, explorou regiões inóspitas e fundou a muito reduções indígenas. Em
1619, chegou ao Rio Grande do Sul. Cativando a simpatia dos índios, não sem
correr grandes riscos de vida, fundou as aldeias de S. Nicolau, Candelária,
Assunção e Todos os Santos do Caaró.
O milagre
Gonzáles e outros dois companheiros eram grandes
missionários que catequisavam os índios, nas chamadas Reduções de São Miguel,
dos padres Jesuítas, mas por ódio de um cacique desalmado chamado Nheçú, juntamente
com um bando de sanguinários seguidores, ele foi assassinado a machadadas. O
instrumento de martírio ainda é preservado em exposição
O coração do missionário foi posto em uma grande fogueira,
capaz de cremá-lo até total extinção, entretanto, milagrosamente o coração dele
se conservou intacto. E não só isso, no dia seguinte, quando os índios
retornaram ao local do massacre, de dentro das brasas vivas o coração ainda
pulsava. E dele saía um apelo carinhoso na voz do Beato, instando aos índios
rebeldes para que se convertessem e se arrependessem.
Consta que então o odioso cacique varou-o com uma flechada.
O coração do mártir foi então recolhido, e hoje se encontra
guardado na Capela dos Mártires do Colégio Cristo Rei, em Assunção, no vizinho
Paraguai. Em Verdade, no fundo ele não foi morto apenas pelos índios
revoltosos, mas sim pelo instigamento provocado pelos bandeirantes brasileiros,
me parece pelo famoso Borba Gato e sua equipe, que precisava derrubar os padres
para então escravizar aos índios. O que foi feito então!
Padre João de Castillo morreu neste local de São Nicolau,
enquanto padre Afonso Rodrigues, que ficou na redução de Caaró, morreu junto
com padre Roque Gonzáles, esse último com a cabeça golpeada a machado de pedra.
Eles foram beatificados pelo papa Pio XI em 1934 e
canonizados pelo papa João Paulo II em 1988, em sua visita à capital do
Paraguai.
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González de Santa Cruz
(1576 a 1628)
Nascido em Assunção, no Paraguai, o jovem sacerdote
diocesano, com 22 anos de idade, dedicou-se à evangelização dos índios, nos
ervais da Serra de Maracaju. A seguir, foi cura da Catedral de Assunção, por
nove anos. Em 1609, declinando dignidades eclesiásticas, tornou-se Jesuíta. Seu
grande ideal: evangelizar os índios. As reduções que fundou, no Paraguai e ao
longo dos rios Paraná e o Uruguai, testemunham seu incansável zelo pelos
índios. Foi martirizado, dia 15 de novembro de 1628, na região do Caaró, no atual
município de Caibaté (RS).
Afonso e Rodrigues
(1598 a 1628)
Natural de Zamora, na Espanha, entrou para companhia de
Jesus em 1614. Três anos depois, estava em Córdoba, Argentina, cursando seus
estudos superiores, no fim dos quais se tornou sacerdote. Iniciou seus
trabalhos apostólicos entre os guerreiros Guaicurus do Chaco. Em 1628, o padre
Roque González o levou até Caaró, como companheiro de atividades. Lá, no mesmo
dia, em 15 de novembro de 1628, ambos morreram mártires.
João Del Castillo (1596-1628)
Nasceu em Belmonte, na Espanha, de família nobre. Concluído
o curso de Direito, em Alcalá, entrou na Companhia de Jesus, como noviço, em
1614. Migrou para a América do sul, em 1616, no mesmo navio em que viajava seu
futuro colega missionário Afonso Rodrigues. Já ordenado sacerdote, lecionou no
colégio Jesuíta de Concepción, no Chile de 1620 a 1621. Em 1628, estudou o
idioma Guarani na redução de São Nicolau. Em agosto, o padre Roque González o
levou a Pirapora, local do seu martírio, no dia 17 de novembro de 1628.
Fontes: Blogs católicos
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