quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O perigo muçulmano


Trecho da entrevista concedida a revista Catolicismo do mês de setembro de 2012


Catolicismo — Qual é a extensão do perigo muçulmano na França, na Europa e no mundo em geral? Note que eu menciono o perigo “muçulmano”, e não o “islamita”...

Pe. Guy Pagès — O senhor faz bem em não utilizar o vocábulo fabricado para favorecer o Islã dito tolerante. Não existe senão um único Islã — o que obedece aos preceitos de Alá e quer a destruição de tudo aquilo que não é muçulmano (Alcorão, 60.4; 61.4). O Islã dito tolerante só o é durante o tempo necessário para se tornar numericamente importante e impor a sharia, a lei muçulmana.

A extensão do perigo muçulmano na França, na Europa e no mundo é patente e dramática. Em Bruxelas, capital da União Europa, de duas crianças que nascem, mais de uma é muçulmana. O avanço do maometanismo verifica-se em todo o Ocidente devido à apostasia generalizada, da qual o Islã é sem dúvida o castigo, pois, caso não se deseje a luz (cfr. Jo 8-12), não se pode encontrar senão as trevas (Mt 12-30).

Catolicismo — Os cristãos, e em particular os católicos, estão conscientes desse perigo? A reação deles está à altura dos desafios colocados pelo Islã?

Pe. Guy Pagès — Não e não!



Catolicismo — É verdade que os cristãos, os judeus e os muçulmanos adoram o mesmo Deus?

Pe. Guy Pagès — Não, não é verdade. Crer nisso equivale a negar a verdade sobre Deus revelada por Cristo, que é Ele próprio Deus (Jn 8. 24, 28, 58 ; 13.19 / Ex 3.14). Se a existência e a unicidade de Deus são verdades acessíveis à razão natural (cf. Rom 1. 18-20), conhecer a Santíssima Trindade não é acessível à razão humana. Cristãos e muçulmanos não têm o mesmo conhecimento de Deus, porque eles não estão ligados à mesma Revelação, não ouvem a mesma Palavra. Contentar-se em afirmar que Deus existe e que Ele é único — é no que se resume o conhecimento muçulmano de Deus — torna seguramente um cristão mais muçulmano do que cristão. O Deus do Alcorão é um ser solitário, enquanto o Deus do cristianismo é um ser de relação: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Três Pessoas tão ligadas entre Si, que são, conjuntamente e cada uma, o único e mesmo Ser divino.

O Deus do Alcorão é impenetrável (112. 2) e continuará para sempre um mistério absolutamente insondável para os muçulmanos (2. 255; 42. 4). O Deus do cristianismo é também incompreensível e, entretanto, na sua bondade infinita, dignou-se fazer-se conhecer ao homem, de modo que este possa, na sua medida, participar realmente do conhecimento que Deus tem de si próprio, o qual é a visão beatífica (Jo 17.3). Como o mistério divino no Alcorão é irreconhecível (26. 65; 72. 10), Alá não tem ligação com a racionalidade. Por isso, tudo aquilo que ele diz ou pede é arbitrário, exigindo do muçulmano uma submissão cega. Qualquer esforço da inteligência é considerado como ímpio porque necessariamente atentatório à inviolabilidade do Mistério divino.

O Deus do cristianismo é reconhecido como justo e, portanto, como lógico, racional, razoável. É esta fé no Logos (razão) do Deus-Criador que permitiu à ciência de se desenvolver no Ocidente. Na verdade, Deus nada faz sem razão. Não age como um louco, mas “Ele tudo ordenou com número, peso e medida” (Sg 11. 20), de sorte que não sendo o mundo absurdo ou incoerente, a ciência humana pode descobrir as razões ou as leis que nele Deus colocou, que o regem e o tornam inteligível. Deus nos quer à sua imagem: isto é, razoáveis.

Outro exemplo que ilustra magistralmente não apenas o arbitrário do Deus muçulmano, mas ainda sua absoluta maldade — é que Alá teria criado homens para sofrer eternamente no Inferno: “Nós criamos um grande número de homens para o Inferno” (7. 179) e outros versos do mesmo naipe. Esse deus não é o Deus dos cristãos, que não somente jamais faz o mal, mas que predestinou todos os homens a participarem de sua glória na eternidade. Condenam-se os que se recusam a crer na boa nova (Mc 16. 16).

Prova também de que os muçulmanos e cristãos não têm o mesmo Deus é que somente estes últimos adoram Jesus Cristo como verdadeiro Deus e verdadeiro homem, o que para os muçulmanos é idolatria... Para os muçulmanos, é contrário à dignidade de Deus que Ele se faça homem, o que implica que Deus deveria ter vergonha de sua criação!

Catolicismo — Há outras divergências entre a fé e a moral cristãs e aquelas do Islã?

O Alcorão nega não somente a Trindade, mas também a divindade de Jesus, sua morte e sua ressurreição e, portanto, a Redenção

“A solução parece estar na reunião de fiéis fervorosos. Creio que os tempos vindouros não permitirão mais a tibieza. Será preciso ser santo ou demônio”
Pe. Guy Pagès — As divergências são tais que se pode definir o Islã como não sendo outra coisa senão a negação do cristianismo, a ponto de o Islã afirmar que toda a sua glória consiste em restabelecer a religião pura e original falsificada pelos cristãos. De fato, ele nega não somente a Trindade, mas também a divindade de Jesus, sua morte e sua ressurreição e, portanto, a Redenção. É, pois, toda a economia da salvação trazida pelo cristianismo que é rejeitada pelo islã. No nível da moral, isso implica:

• recusa da Trindade, recusa da alteridade e, portanto, o totalitarismo e a tirania social e doméstica, a superioridade ontológica do homem sobre a mulher, do muçulmano sobre o não-muçulmano, do homem livre sobre o escravo;

• recusa da Redenção, negação do pecado original e confusão do bem e do mal, ambos obras de Alá;

• o desconhecimento de Deus e, em consequência, do homem, dá lugar ao demônio e às suas falsas luzes para conduzir a todas as formas de pecados, tanto de orgulho (Alcorão 3.110) e de seu corolário, o ódio (60.4), a promoção da preguiça pela submissão ao destino (9.51; 14.10; 15.5; 57.22) que dispensa o exercício perigoso da liberdade e da responsabilidade, a exaltação da inveja pela promessa da pilhagem (8.41, 69; 33.50; 48.19,20), a legitimação da cólera e da violência (48.29), a excitação da luxúria pela redução da mulher a objeto de prazer e a promessa de um paraíso repleto de jovens cuja virgindade é restaurada sem cessar, a exaltação da avareza pela legalização da extorsão (9.29), etc.



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