segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Caro leitor: recordas da primeira impressão que tiveste da Santa Missa Tradicional? Compartilhe aqui seu comentário!

O artigo que segue foi publicado no blog do Padre Zuhlsdorf e traduzido gentilmente por Fabiano Rollim. A marcação em negrito é do próprio padre.

Impressão de um leitor sobre sua primeira Missa Tradicional


Leitor: Assisti à minha primeira Missa Tradicional em Latim na semana passada. Foi uma linda Missa Solene Pontifical celebrada pelo meu bispo. Durante e após a Missa, tive três grandes impressões:

1. Percebi o quão séria, reverente e solene foi a Missa. Durante a Missa me dei conta de que é exatamente assim que uma Missa deveria ser: séria, reverente a solene. A Missa colocou-me num estado de reflexão sobre as “Últimas Coisas”. Isso me pareceu apropriado, já que um dos propósitos do culto Católico é ajudar a sermos conduzidos ao Céu. [Exatamente, como eu disse a um grupo de jovens no Oratório de Brompton na semana passada, a Missa tem de nos ajudar a nos prepararmos para a morte.] Por comparação, vejo que a Forma Ordinária faz-nos sentir muito confortáveis, tipo “eu sou bom, você é bom” (isto é, não precisamos mudar), mais do que focar nossa atenção e fazer com que mudemos (movamo-nos) interiormente.

2. A presença de rubricas mais intrincadas fez sentido para mim. A Eucaristia é o todo e a substância de nosso culto. Então, por que isso não deveria estar refletido em tudo o que acontece durante a Missa? [Mais uma vez, BINGO!] Gestos e posturas corporais são importantes, mesmo para aqueles que não estão fazendo tais gestos. Eles nos tiram do ordinário e ajudam-nos a focar. Os americanos ficam de pé durante um juramento ou a execução do hino nacional. Levamos nossas mãos ao coração. Fazemos isso em sinal de respeito e para mostrar que o que estamos fazendo é diferente, especial. Seja o sacerdote sejam os coroinhas, seus gestos mostram para a assembleia que o que está acontecendo ali é diferente e especial se comparado ao que acontece no mundo do lado de fora.

3. Ajoelhar para receber a comunhão pareceu tão apropriado. Geralmente recebo a comunhão na boca, então isso não foi diferente, mas ajoelhar pareceu-me mais reverente. De novo, é uma postura que reflete a seriedade do que está acontecendo. Ficar de pé indica condição de igualdade. Ajoelhar é um sinal de humildade e reflete o fato de que não estamos na mesma posição dAquele a quem recebemos.

* * *

E você, caro leitor, recorda-se de suas primeiras impressões ao assistir à Santa Missa Tradicional? Deixe-as na caixa de comentários.

Fonte: Fratres in Unum



3 comentários:

Janete Moura disse...

Foi no Mosteiro de Belém,na cidade de Guaratinguetá-SP. Parecia que eu estava entrando num pedacinho do céu: sacerdotes de batina preta, muitos irmãos e freiras com suas respectivas vestes, cantavam como anjos,cânticos solenes, suaves e no centro do altar: o SANTÍSSIMO SACRAMENTO! Homens de um lado, as mulheres de outro. O padre de frente para Jesus e algumas partes da Santa Missa eram rezadas em Latim. Na hora de recebermos o Corpo de Cristo, todos se ajoelhavam ao lado do outro e iam passando a patena para não deixar nenhuma partícula cair no chão. Muito respeito, devoção e silêncio. Nem microfone precisavam usar. Não me esqueço da hora de dizer: SANTO, SANTO, SANTO, SANTO. SENHOR DEUS DO UNIVERSO...cada grupo de irmãos e freiras falavam, como se cada um estivesse num tom e aí eu imaginava: se aqui é tao lindo assim, imagina no céu, como deve ser! Foi lindo! Nunca vou esquecer!

Deyvid Said disse...

Quando comecei a frequentar a igreja na juventude, ainda não tinha noção de tantas coisas erradas que existiam na celebração da missa, já que o sagrado se confundia com o profano, pois qualquer um entrava como queria, recebia a hóstia muitas vezes sem confessar, em estado de pecado mortal. Quando conheci a obra A Palavra Viva de Deus, percebi o grande valor e grandiosidade da santa missa celebrada como dita a tradição, igual ao que foi demonstrado nesse texto. Hoje, tenho certeza que o inimigo só não tomou conta de tudo porque ainda existem locais que celebram a missa com o sacrário no centro, com os fiéis bem vestidos, enfim, como eram os bons tempos onde havia o respeito e não escândalo dentro da igreja.

Apostolo disse...

Fui criado e catequizado no modernismo. Na hora da minha primeira comunhão, a catequista deu mais ênfase em como eu deveria postar a mão direita sobre a esquerda; do que o Santíssimo Sacramento que iria receber.

Participava da Missa com o passar do tempo, mas como uma mistura de tradição e quando via que minha vida não andava bem, recorria a ela.

Não entendia o que realmente se passava e como deveria me portar. Seguia a maioria, na hora de se levantar ou de sentar.

Até o dia que DEUS me chamou e conheci a Igreja da Obediência a DEUS Pai em Taquaras - Balneário Camboriú. Senti a Real presença de DEUS em meu coração e a devoção era tanta, tanta, que chorei após a Comunhão.

O silêncio e o respeito era como o oxigênio dos verdadeiros Católicos ali presente.

Não tinha palmas, tinha contemplação.
Não tinha guitarra ou bateria, tinha um tom suave de melodia que nos fazia pensar só em DEUS.
Não tinha porque me distrair a atenção central que deveria dirigir meu olhos, pois o Sacrário estava e está no local mais nobre na Casa de DEUS: o centro.
Não tinha conversas paralelas como se fosse mais uma obrigação do dia de domingo e sim; o propósito de ali estarmos: recebermos o Corpo e Sangue de CRISTO, de joelhos e na boca.

Só quem vivenciou o modernismo e sentiu o abismo de seu vazio é que pode realmente enxergar a alegria, a contrição, devoção e adoração que está presente onde ainda o sacerdote celebra de frente para DEUS.

DEUS seja louvado pelos sacerdotes que ainda tem a noção do Sagrado e o respeito que se deve dar a DEUS.

Salve Maria, que me indicou as mensagens da Palavra Viva de DEUS.