Papa diz que Igreja não pode
"interferir espiritualmente" na vida dos gays
O Papa disse que a Igreja tem o direito de expressar suas opiniões, mas não pode "interferir espiritualmente" nas vidas de gays e lésbicas. Em uma entrevista divulgada nesta quinta, Francisco afirmou também que as mulheres deveriam ter papel nas decisões da Igreja e desconsiderou as críticas daqueles que dizem que ele deveria lutar contra o aborto e o casamento entre homossexuais.
A entrevista, divulgada hoje pela revista La Civiltà Cattolica e traduzida em diferentes línguas, aprofunda a visão de Franciso a respeito da Igreja Católica Romana. Eric Marrapodi e Daniel Burke, comentaristas de religião da rede de TV americana, acreditam que os comentários do Papa não ferem a política ou a doutrina católica, mas mostram um movimento que vai da censura ao engajamento (em relação à polêmica).
"A Igreja, às vezes, se fecha em si mesma em coisas pequenas, em regras pequenas", disse o chefe da Igreja de Roma. "As pessoas de Deus querem pastores, e não clérigos agindo como burocratas ou oficiais do governo", acrescentou. Segundo Francisco, se a Igreja falhar em achar equilíbrio entre as missões espiritual e política, "vai ruir como um castelo de cartas".
No final de julho, quando voltava a Roma depois da Jornada da Juventude, realizada no Rio de Janeiro, Francisco já havia feito declarações parecidas. "Se a pessoa é gay, procura a Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgar?", disse o Papa na época.
Fonte: Terra
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Nota "Cruzada Católica": Está explicado o porquê que Francisco não disse nada a respeito sobre a PL 03/2013, quando veio ao Brasil. Por que não pediu a presidente Dilma para vetar totalmente essa lei: " ele desconsidera as críticas daqueles que dizem que ele deveria lutar contra o aborto".
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