sábado, 9 de novembro de 2013

Crianças mergulham em rio de lixo para tirar ganha pão da família

Enquanto "se preocupam" em gastar bilhões em Copa do Mundo e Olimpíadas, seres humanos são esquecidos e abandonados sem acesso à saúde, à moradia e principalmente ao pão de todos os dias.  
É o que acontece com Paulinho e seus dois primos, que adentram um córrego poluído, para catar latinhas e garrafas pet. É assim que essas crianças ajudam a família comprar alimentos para o sustento da casa.


Veja os detalhes dessa história triste, na reportagem produzida pela equipe da afiliada do SBT no Recife - TV Jornal. 

Imagens: Diego Nigro - JC Imagem.




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Na página da internet  da AGÊNCIA DE REPORTAGEM E JORNALISMO INVESTIGATIVO PUBLICA, um artigo de 18/07/2012, com o título "COPA NÃO REDUZ A POBREZA DOS PAÍSES POR ONDE PASSA, DIZ PESQUISA SUL-AFRICANA", mostra em um trecho o seguinte:


A Copa de 1994 nos Estados Unidos: “Estudos mostram que ao invés do lucro de 4 bilhões esperados com o megaevento, as cidades sofreram perdas que variaram entre $ 5,5 e $ 9,3 bilhões”. 

“Em Barcelona, o que se viu depois das Olimpíadas de 1992, foi um aumento significativo do custo de vida [de 20%, segundo pesquisa da Universidade Autônoma de Barcelona]. A cidade também sofreu com o desemprego, porque foram criados muitos postos temporários, com baixos salários. Com o fim do evento, havia uma massa de desempregados. 

Nas Olimpíadas de Montreal (1976) além do desemprego, a cidade sofreu com o corte de investimentos em áreas essenciais. Com isso sofrem os pobres, que são os que menos aproveitam os megaeventos”. 

Em Atlanta, após as Olimpíadas de 1996, o que ficou, segundo o artigo, foi um projeto de mobilidade urbana que não ajudou os cidadãos.

Estima-se que as Olimpíadas de 1988 em Seul resultou no despejo de 700.000 pessoas. 


Para os Jogos Olímpicos de Pequim, 300.000 foram expulsos de suas casas” diz o artigo. Em 2010, a ONU também fez um levantamento a respeito destes despejos, como a relatora especial da ONU para a moradia adequada, Raquel Rolnik, escreveu em seu blog em 2010: “Em Seul, em 1988, a Olimpíada afetou 15% da população, que teve de buscar novos locais para morar – 48 mil edifícios foram destruídos. 

Em Barcelona, em 1992, 200 famílias foram expulsas para a construção de novas estradas. 

Em Pequim, a ONU admite que 1,5 milhão de pessoas foram removidas de suas casas. A expulsão chegou a ocorrer em plena madrugada. Moradores que se opunham foram presos”.


No Japão, estádios e espaços construídos com dinheiro público para a Copa do Mundo de 1992 foram parar nas mãos da indústria do entretenimento, que hoje os usa para espetáculos e jogos privados com ingressos caros, segundo o documento. Caso semelhante aconteceu no Rio de Janeiro: criada para sediar jogos do Pan-americano de 2007, a Arena Olímpica, que depois foi renomeada de HSBC Arena, hoje é administrado pelo HSBC e sedia eventos e espetáculos de empresas privadas.


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Copa do Mundo e Olimpíadas podem esperar, mas "Paulinho (de apenas 9 anos) e seus dois primos...Não!!!!!"
Eles vão continuar mergulhando em um córrego poluído todos os dias para tirarem o "pão" de cada dia para suas famílias.

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