sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A CRUCIFICAÇÃO DE NEYMAR?

Chega às bancas na próxima sexta-feira a edição de outubro da revista PLACAR com a grande polêmica do momento no futebol brasileiro: a crucificação de Neymar. (Ô COITADO!!!!!!!)




Recentemente, uma série de distúrbios seríssimos estourou no Oriente Médio e cercanias em virtude de um filme caseiro que fazia troça de Maomé e dos muçulmanos. Aproximadamente uma centena de pessoas foram mortas nos protestos que rasgaram o mundo islâmico – inclusive o então embaixador dos Estados Unidos na Líbia, Chris Stevens –, centenas de milhares de pessoas foram mobilizadas por clérigos islâmicos para mostrar a sua revolta de modo sangrento, e os velhos discursos contra o “Grande Satã” do Ocidente ecoaram novamente com força total. Curiosamente, a tradução e divulgação do filme no mundo islâmico foi promovida justamente por grupos radicais.
A celeuma estava pronta. Diversas lideranças mundiais condenaram tanto o filme (bobo e de muito mau gosto) quanto sua instrumentalização pelos líderes islâmicos, o diretor do filmeco teve o nome e o endereço divulgado pelas autoridades americanas, diversas ações judiciais correram o mundo, inclusive no Brasil, para proibir seu acesso, e, como sói acontecer, a turma de plantão do pluralismo e tolerância rosnou junto com os radicais.
Acima, senhoras e senhores, é a capa da edição de outubro da revista Placar. Para qualquer pessoa com um mínimo de senso das coisas, essa capa parece desnecessariamente apelativa. Por quê? Ela nivela duas figuras essencial e completamente diferentes: endeusa alguém à custa da secularização de Alguém que,para 1/3 do gênero humano, é Deus feito homem. Comparar Neymar a Jesus Cristo, sobretudo da forma como isso foi feito, é, no mínimo, uma maneira bastante discutível de aumentar as vendas de uma revista – o que parece ser o único desejo da editora em questão. Para muitas pessoas, e eu me incluo nessa conta, essa capa não é apenas inadequada, mas despropositadamente ofensiva.
Decerto não veremos Bento XVI ou qualquer outro líder cristão de importância mundial conclamando uma guerra santa contra a revista, nem haverá aglomerações de pessoas em passeata atirando para o alto e atacando a polícia, muito menos matando qualquer pessoa, por conta dessa capa lamentável. Mas engana-se quem pensa que devemos ficar simplesmente passivos diante de algo aparentemente sem importância: é nosso direito – e, sobretudo àqueles que abraçam a fé cristã, um dever – manifestar nosso repúdio.
Fonte: FRATRES IN UNUM

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Imagem do jogador Neymar “crucificado” 

foi inadequado 

e inapropriado, 

afirma secretário geral da CNBB

BRASILIA, 28 Set. - Na tarde desta sexta-feira, 28 de setembro, o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, concedeu uma entrevista coletiva na sede da Conferência, em Brasília na qual repudiou a publicação da revista Placar em que faz alusão à imagem de Jesus Cristo crucificado colocando o jogador Neymar, do Santos Futebol Clube, pregado na cruz.

Para o secretário geral da CNBB a revista agiu de maneira inadequada e inapropriada, devido aos graves conflitos que tem atingido alguns países islâmicos por conta da veiculação de um vídeo sobre o profeta Maomé.

“Houve um uso inadequado da imagem da pessoa de Jesus Cristo. Certamente muitos cristãos se sentiram ofendidos, mas nós temos que dizer que foi um uso inadequado, inapropriado da pessoa de Jesus, que para os cristãos é uma pessoa decisiva, é o fundamento da vida dos cristãos, por isso acho que é uma ofensa”, afirmou o secretario da CNBB. 

“Depois, o Ocidente todo está marcado por Jesus Cristo crucificado, por isso usar uma imagem de uma pessoa tão decisiva (Jesus) foi um despropósito da revista”, disse Dom Leonardo, que destacou não crer que a população brasileira atue da mesma forma que alguns países islâmicos, como no caso recente do filme sobre o profeta Maomé. 

“A população brasileira reage de modo diverso. A nossa cultura é outra, mas certamente sentiremos mais por meio de sites, blogs e mídias sociais, a manifestação contrária a capa da revista. Nós já recebemos manifestações contrárias, e claro, não se espera que essas manifestações se estendam às ruas como tem acontecido em outras culturas”, sublinhou o secretário geral.

O diretor de redação da revista, Maurício Barros, destaca que, embora o crucificado “mais famoso” tenha sido Jesus, “Neymar não está retratado como Jesus Cristo, nem de longe”, na fotomontagem feita pela revista em sua capa. Por sua parte Dom Leonardo Steiner discordou da afirmação do diretor afirmando que a imagem exposta na revista é sim a figura explícita de Jesus Cristo. 

“Nós vemos ali os elementos fundamentais da figura de Jesus Cristo. É visível isso na capa. Até porque aparecem os elementos, como o resto da túnica de Jesus que envolve o corpo e o sinal do traspassamento da lança”, disse o prelado.

Em relação ao jogador, o secretário geral do episcopado brasileiro ressalta que não espera que receba manifestações contrárias por causa da revista. “Espero que isso não aconteça (manifestações contra o atleta). O jogador merece todo o respeito. Ele tem a sua dignidade e espero que ele mantenha esta dignidade, este respeito da parte da torcida em relação a ele”.

Fonte: ACI Digital
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