Foi anunciada, ontem, a nomeação do Padre Darci José
Nicioli, C.SS.R., como novo bispo auxiliar de Aparecida. Desde 2009, o bispo
eleito é reitor do Santuário Nacional de Aparecida, tendo sido, anteriormente,
seu ecônomo.
Sacerdote de fala dócil e afetada, Padre Darci costuma usar
o seu hábito redentorista exclusivamente em programas da TV Aparecida ou em
aparições mais solenes no Santuário — até os progressistas reconhecem que isso
agrada aos fiéis, gente humilde do país afora que contribui com a campanha dos
devotos do Santuário Nacional. Noutras ocasiões, reúne-se mais à vontade com
outros missionários redentoristas. Há de se reconhecer: Padre Darci é um
administrador competente, homem empreendendor, cheio de iniciativas, articulado
com liderenças políticas. E estes parecem ser os únicos critérios considerados,
atualmente, para a escolha de um bispo.
Na contramão das orientações dadas por Bento XVI, na
gestão do Padre Darci a liturgia do Santuário Nacional, que já era sofrível,
tornou-se uma verdadeira pantomima. Tudo sob o olhar complacente do Cardeal
Raymundo Damasceno Assis. Lá, onde há anos ninguém recebe a comunhão na boca,
“por mais que o romeiro queira”, tornaram-se corriqueiras as apresentações
cafonas e semi-circenses — por exemplo, as que nossos leitores viram e se
indignaram na última festa da Padroeira do Brasil
Trata-se, pois, da mentalidade
muito difundida entre os padres brasileiros de que os fiéis são idiotas,
verdadeiros débeis mentais que precisam ser domesticados com dancinhas,
iê-iê-iê e tolices diversas, e não atraídos pela verdade, pelas virtudes, pelo
belo…
Enfim, o padrão de nomeações episcopais no Brasil permanece
o mesmo, a despeito das mudanças dos cabeças da Nunciatura Apostólica e da
Congregação para os Bispos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário