Jovem ator do filme Cristiada: Os católicos devem defender
a liberdade religiosa.
Mauricio Kuri |
Mauricio Kuri, o
jovem ator que interpreta ao mártir mexicano José Luis Sánchez del Río no filme
Cristiada, está convencido de que os católicos devem ficar de pé para defender
a liberdade religiosa.
Em diálogo com o Grupo ACI, Kuri assinalou que ele
gostaria de fazer a mesma coisa,
e alentou aos católicos de todo o mundo a defender a
liberdade religiosa, como fizeram os fiéis do México durante a Guerra Cristera.
"O que está acontecendo hoje com a Igreja e o ataque à
liberdade religiosa é algo que acontecerá ao final dos tempos. Acho que se a
gente ficar de pé e falar que ‘sou católico e não me envergonho, estou
orgulhoso de sê-lo, e defendê-lo’, então somos pessoas magníficas".
Para o jovem ator, participar da produção da Cristiada
"aproximou-me da minha religião, porque (Sánchez del Río) é um personagem
realmente forte".
"Ao princípio ele é só um menino travesso. Inclusive
faz uma brincadeira ao Padre da igreja, mas se vê no filme a transformação em
suas crenças, e ao final ele é um mártir", assinalou.
Kuri não é o típico menino de quatorze anos. Nasceu e foi
criado como católico no México D.F., e foi eleito para fazer o filme Cristiada
junto às estrelas Andy García, Eva Longoria, Néstor Carbonel, e Eduardo
Verástegui.
Cristiada narra a história da Guerra Cristera no México
desatada pela legislação anticlerical de 1926 e a perseguição contra a Igreja
Católica alentada pelo então presidente Plutarco Elías Calles.
Essas leis proibiram as ordens religiosas, privaram à Igreja
dos direitos de propriedade e negaram liberdade civil aos sacerdotes, incluindo
o direito a um julgamento com um jurado e o direito a voto.
A perseguição se tornou tão feroz que alguns católicos
começaram a resistir à força, lutando sob o lema e a bandeira de Cristo Rei.
Kuri explicou ao grupo ACI que o Beato José Luis Sánchez del
Río "é um mártir cristero, e foi beatificado pelo Papa". Em sua
opinião, o mais importante foi que "este personagem existiu. Foi uma
pessoa real".
Cena do filme |
Kuri tem uma medalha do jovem mártir que leva sempre no seu
pescoço.
Beato José Sánchez del Río |
"Não acredito em coincidências", disse Kuri.
O ator indicou que passou muito tempo pensando no
"caráter forte" do seu personagem, e se perguntou se ele poderia
mostrar a mesma coragem que o beato. "Há uma frase do filme que eu adoro
que diz: Quem é você se não se levanta e se põe de pé para defender o que
acredita?", assinalou.
O jovem ator começou a questionar-se se tivesse vivido no
México durante a década de 1920, na época da Guerra Cristera, "faria o que
José fez?" "Me provei a mim mesmo, e disse que ‘acho que não o
faria’", assegurou.
Kuri leu a vida do jovem mártir mexicano como parte da sua
pesquisa para o papel no filme, e procurou a direção espiritual de um
sacerdote.
O jovem mexicano se sentiu particularmente impressionado
pela força e beleza da transformação que se faz tão visível no momento do
martírio de José Luis Sánchez del Río. O agora beato foi "um menino um
pouco bagunceiro, mas ao final podemos vê-lo como um santo", disse Kuri.
Kuri destacou que, assim como o Beato José Luis Sánchez del
Río, "podemos ser cristeros atualmente. Podemos defender não só a nossa
fé, mas também a nossa liberdade".
Fonte: ACI
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