terça-feira, 15 de março de 2016

Ai de vós, materialistas! (Homilia com Padre Paulo Ricardo)

A inversão de valores que vive o homem moderno, principalmente
depois do advento da pílula anticoncepcional, é, de fato, a grande responsável pela cegueira generalizada que impede os casais de enxergarem em seu casamento um caminho de santidade. O matrimônio, para muitas pessoas dentro da própria Igreja, se transformou num simples concubinato, pelo qual cada um é livre para satisfazer os seus próprios desejos e egoísmos, sem pensar nem em renúncias, nem em filhos, nem na vida eterna. A expressão dura não é nossa, mas de Santo Agostinho:

"Aqueles que se unem para impedir a propagação da prole com propósitos ou obras más, ainda que sejam chamados de cônjuges, não o são nem guardam qualquer coisa do verdadeiro matrimônio, mas alargam esse nome honesto para velar as suas torpezas. Demonstram-no quando chegam ao ponto de abandonar os filhos que nasceram contra a sua vontade, ou quando se recusam a alimentar e ter consigo os que temiam trazer a este mundo. Assim, quando se enfurecem com os filhos gerados contra a sua vontade, põem às claras toda a sua iniquidade e tornam manifestas as suas torpezas ocultas. Algumas vezes essa crueldade impura ou impureza cruel chega ao ponto de recorrer aos venenos da esterilidade, e, se com eles nada consegue, procura extinguir de algum modo no ventre materno o fruto concebido e livrar-se dele, preferindo que a prole morra antes de viver ou, se já vivia no ventre, seja morta antes de nascer. Sem dúvida, se ambos assim são, não são cônjuges. E, se se uniram desde o início com essa intenção, não celebraram um casamento, mas um concubinato. Se, no entanto, só um deles assim for, ouso dizer que ou ela é de algum modo meretriz do marido ou ele, adúltero da mulher." (De Nuptiis et Concupiscentia, I, 15 (PL 44, 424).

Assista abaixo, o vídeo de pouco mais de seis minutinhos, a Homilia Diária com Padre Paulo Ricardo, uma palavra de parresía dirigida especialmente a você, que é mãe e pai de família. Descubra a lógica materialista por trás dos anticoncepcionais, abra seu casamento à dádiva da vida e comece a pôr em prática a virtude da pobreza evangélica.



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