quarta-feira, 13 de março de 2013

Entre maçons e Jesuítas...

- Um pouco de história - 


Por  Prof. Pedro M. da Cruz.


É certo que a Companhia de Jesus - os Jesuítas - fundada por Santo Inácio (1491-1556), deve atuar no mundo como exército em defesa da fé católica. E, de fato, o fez com maestria durante séculos e séculos em estrita obediência ao papado. Porém, essa missão desagradou a muitos homens no decorrer da história... Os inimigos do catolicismo perceberam que atacar os Jesuítas era, em certo sentido, atacar a própria cátedra de São Pedro. 

Com efeito, o espírito que animava a Companhia de Jesus tornava-a um verdadeiro perigo para os opositores do cristianismo.

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Não há dúvida, na cabeça de ninguém, de que o impulso e a determinação de varrer a Sociedade de Jesus da face da terra tiveram apoio e intercessão muito fortes de poderosos membros da corte papal em Roma; apesar disso, porém, a estocada imediata e irresistível contra os jesuítas partiu direta e principalmente e, como se viu, com sucesso, dos inimigos não-clericais, leigos, dos jesuítas.
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Não há dúvida de que o papado via na maçonaria européia um inimigo mortal, e por uma razão muito boa. Em 1735, se não antes, as principais lojas maçônicas européias eram inimigos jurados da jurisdição papal centralizada e dos ensinamentos dogmáticos católicos romanos. 

Os objetivos gerais da maçonaria como tal, a partir do segundo terço do século XVIII, eram fundados em várias premissas inaceitáveis para o catolicismo: Jesus não era Deus; não havia céu ou inferno; não havia Trindade de pessoas divinas – só o Grande Arquiteto do Cosmo, ele mesmo fazendo parte daquele cosmo; os seres humanos eram aperfeiçoáveis durante suas vidas nesta Terra. 

O que arruinava a cultura humana e pervertia a civilização era a alegada autoridade da Igreja Romana.

Essa transformação da maçonaria de associação originalmente de crentes cristãos num corpo de homens resolutamente opostos à antiga fé da Europa foi efetuada, principalmente, pela nova onda de descobertas científicas. Naquele ‘Século das Luzes’, os homens chegaram à conclusão de que a inteligência humana era infalível, que a revelação já não era necessária, e que só as desinibidas investigações e pesquisas humanas eram necessárias à felicidade humana.

Toda uma galáxia de brilhantes pensadores e hábeis escritores surgiu defendendo essa nova atitude – La Mettrie, Diderot, d’Alambert, Montesquieu, Helvécio, la Chalotais, Voltaire, Barão d’Holbach. O Iluminismo invadia, agora, os salões das pessoas de destaque na sociedade, as reuniões reais, as reuniões de chefes de partidos políticos, e assembléias de universidades. 

A Igreja Romana, o papa romano e a Sociedade de Jesus foram estigmatizados desde o início como os três grandes obstáculos ao precioso Iluminismo.
Por essa razão, Clemente XII (1730-40) condenou a maçonaria como incompatível com o catolicismo e penalizou com a excomunhão todos os católicos que entrassem para as lojas maçônicas.

fonte: sociedadeapostolado.blogspot

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- A mudança - (alguma coisa aconteceu de lá para cá - a fumaça de satanás?)

... Eles sabiam que o Catolicismo era parte integrante de toda a esperança do povo.
É aqui que Fernando Cardenal, como [padre] católico e jesuíta, exerce uma extraordinária influência.

Durante algum tempo, alguns teólogos católicos [Romanos] na América Latina - principalmente Jesuítas do período pós II Guerra Mundial - desenvolveram uma nova teologia. Eles a chamaram de Teologia da Libertação, e basearam-se nas teorias de seus homólogos europeus.

Foi um sistema criteriosamente planejado e cujo princípio básico era muito simples: O conjunto e significado único do cristianismo, como religião, deveria se resumir a uma conquista – a libertação de homens e mulheres, por revolução armada e violenta, caso necessário, da escravidão econômica, social e política que lhes são impostas pelo capitalismo americano, e que deveria ser implementado pelo estabelecimento de um “socialismo democrático”. 

fonte: Pe. Malachi Martin: os Jesuítas e a Teologia da Libertação na América Latina



- Hoje -


O arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, foi eleito o novo papa nesta quarta-feira. Ele passará a usar o nome de Francisco I. 

Sacerdote jesuíta nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, Bergoglio é filho de italianos. Ele formou-se em um curso técnico, mas, aos 21 anos, em 1957, decidiu converter-se em sacerdote, informa o jornal La Nación. Mais tarde, estudou teologia na Alemanha.

Membro da Companhia de Jesus, foi considerado um dos mais fortes candidatos a suceder João Paulo II, em 2005. Ele teria ficado em segundo lugar na votação, segundo informações que vazaram sobre o conclave, apesar das regras de sigilo absoluto sobre a votação. Ratzinger teria liderado o primeiro turno, com 47 votos, seguido por Bergoglio, com 10. No segundo, 30 votos separaram Ratzinger de Bergoglio. No terceiro, Ratzinger ficou ainda mais perto dos dois terços dos votos necessários para ser eleito, até que foi escolhido papa no quarto escrutínio.


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- A fumaça -





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