Equipes de resgate encontraram nesta quinta-feira (6) um
homem de 54 anos que sobreviveu alimentando-se de cocos por dois dias após um
tufão ter devastado o sul das Filipinas, matando 332 pessoas e deixando
centenas de desaparecidos.
Paisagem destruída após passagem do tufão Bopha (Foto:
Reuters)
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Um grupo de voluntários de resgate encontrou Carlos Agang
com uma camisa esfarrapada, a perna fraturada e escoriações, agarrado a uma
rocha na beira de um rio na cidade de New Bataan, em Compostela Valley, a
província mais afetada pelo tufão Bopha.
"Eu não posso acreditar. Não esperava ver pessoas
sobrevivendo dois dias depois de serem arrastadas pela enchente e pela
lama", disse o bombeiro voluntário Mark Romano Jumilla à Reuters.
"Durante dois dias, ele sobreviveu com coco e água. Ele
perdeu sua família quando as águas das enchentes invadiram uma área de abrigo
temporário, onde ele e sua família buscaram refúgio", contou Jumilla.
As equipes de resgate também encontraram uma mulher grávida,
do outro lado do rio, com seu filho de um ano. Eles escaparam das enchentes que
inundaram sua casa após o tufão Bopha atingir o continente, na terça-feira.
"Aconteceu tão rápido. A água veio rápida em nossa
direção enquanto estávamos deixando nossa casa para ir para terrenos mais
seguros", disse Lenlen Medrano, de 23 anos, à Reuters enquanto estava
sendo levada por soldados em uma maca.
"Rezei muito toda hora até chegarmos à beira do
rio", acrescentou.
Um fotógrafo da Reuters viu quatro corpos perto do local
onde Agang foi resgatado. A corrente do rio é forte, o que torna difícil para
as equipes de resgate chegar a outros sobreviventes.
O tufão Bopha, com ventos centrais de até 115 km/h e rajadas
de até 145 km/h, estava se movendo na direção oeste-noroeste do centro das
Filipinas e se espera que esteja sobre o Mar da China Meridional na
sexta-feira.
O chefe da agência nacional de desastres disse que 332
pessoas morreram e 379 estão desaparecidas após a passagem do Bopha, que
provocou deslizamentos de terra e inundações ao longo da costa e nas cidades
agrícolas e mineradoras do interior na região de Mindanao, no sul do país.
O número de mortos pode subir ainda mais, com funcionários
do governo local relatando números maiores de desaparecidos e mortos.
Fonte: Rede Tv notícias
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