Padre Paulo Ricardo
comenta a decisão da justiça do Rio Grande do Sul de retirar os crucifixos das
paredes de suas instituições por pressão de uma ONG, a Liga Brasileira de
Lésbicas. O argumento utilizado é a de que o Estado não é religioso, portanto,
não é possível haver nos prédios públicos qualquer símbolo religioso.
O argumento não poderia
ser mais frágil, pois, embora o Estado não seja religioso de fato, ele tem um
povo a quem deve servir. Não é uma entidade abstrata, mas existe somente em
função do povo. O povo, por sua vez, traz consigo a sua história, o seu
patrimônio cultural e mais importante, o seu patrimônio moral. Foi o patrimônio
moral do povo brasileiro, majoritariamente cristão e católico, que gerou os
textos legislativos interpretados e aplicados pelos Tribunais de Justiça. A
própria Constituição Federal e os Códigos Civil, Penal, o Estatuto do Menor e
do Adolescente, as Consolidações das Leis do Trabalho, todos foram escritos
numa visão de mundo calcada nos valores morais cristãos e, sem estes valores é
impossível interpretar qualquer um deles.
Os crucifixos, portanto,
nada mais dizem aos magistrados que, embora tenham o direito de professar a
religião que quiserem ou mesmo nenhuma se for o caso, eles não têm o direito de
interpretar as leis do país fora do aspecto cultural e da moralidade nas quais
elas foram exaradas. Querer extrair a cultura que gerou os textos basilares do
país e colocar em seu lugar uma moderna cultura ateia é uma perversidade.
O crucifixo é um símbolo
civilizacional, uma realidade que, apesar da religião de quem julga ou de quem
é julgado, deve ser reconhecido como parte intrínseca da cultura e da história
do País e não deve ser utilizado, sob qualquer hipótese, como um instrumento
ideológico. Infelizmente, o Judiciário desta nação está se sujeitando ao
vergonhoso ativismo, que culminará em uma ditadura, pois quando juízes acham
que podem interpretar as leis de acordo com seus próprios valores, de acordo
com sua própria imaginação, e não de acordo com o verdadeiro espírito com que
elas foram elaboradas, tornam-se déspotas, ditadores. É isso que está
acontecendo no Brasil, atualmente. O ativismo judicial precisa ser combatido e
denunciado, pois leva ao abismo. Um magistrado sem princípios de ética e de
moral, somente com militância e fidelidade à ideologia é um malfeitor, um
instrumento de injustiça e não um servidor da Justiça. Precisa ser denunciado
também.
Uma parede nua é também
um símbolo de religiosidade. O ateísmo é uma atitude religiosa, não tem nada de
neutro, pelo contrário. Contudo, o ateísmo não representa a vontade do povo
brasileiro, que é cristão, conforme dados estatísticos, portanto, uma elite
intelectual, uma minoria deveria considerar que o poder vem do povo e o povo
não é ateu. O povo deve ser respeitado.
Nos tempos atuais,
peçamos a intercessão da Bem Aventurada Maria Restituta Kafka, que
corajosamente opunha-se às ordens nazistas e devolvia às paredes do hospital
onde trabalhava os crucifixos retirados, para que tenhamos coragem e força para
seguir seu exemplo. Precisamos do seu exemplo para impedir que sejamos varridos
como civilização e história nacional.
Fontes: TC e site do padre Paulo Ricardo
Conhecendo a história da beata Maria Restituta Kafka
Restituta Kafka Irmã
Maria Resoluta
|
No dia 1º de maio de 1894 nasceu Helene, filha de Anton e
Maria Kafka na cidade de Brno, atual República Checa. Naquele tempo a região se
chamava Morávia que estava sob o governo do imperador austríaco Francisco José.
No ano de 1896, a família Kafka se transferiu para Viena, capital do Império.
Helene concluiu os estudos com o diploma de enfermeira e o
desejo de se tornar religiosa. Inicialmente ela se conformou com a negativa dos
pais, mas ao completar vinte anos, ingressou na congregação das Franciscanas da
Caridade Cristã, com a benção da família. Como religiosa adotou o nome de sua
mãe e o de uma mártir do primeiro século. Assim passou a se chamar irmã Maria
Restituta.
Porém, logo recebeu o apelido carinhoso de "irmã
Resoluta", pelo modo cordial e decidido e por sua segurança e competência
como enfermeira de sala cirúrgica e anestesista. No hospital de Modling, em
Viena, a religiosa se tornou uma referência para os médicos, enfermeiras e
especialmente para os doentes, aos quais soube comunicar com lucidez o amor
pela vida, na alegria e na dor.
Irmã Restituta durante muitos anos serviu a Deus nos
doentes, pelos quais se dedicou incansavelmente. Em março de 1938, Hitler
mandou o exercito ocupar a Áustria. Viena se tornou uma das bases centrais do
comando nazista alemão. Irmã Restituta se colocou logo contrária a toda aquela
loucura desumana. Não teve receio de mostrar que sendo favorável à vida não
apoiaria jamais ao nazismo de Hitler, fosse qual fosse o preço.
Por isto, quando os nazistas retiravam o Crucifixo também
das salas de cirurgias, ela serenamente o recolocava no lugar, de cabeça
erguida, desafiando o comando e os soldados nazistas. Como não se submetia e
muito menos se "dobrava", os nazistas a eliminaram. Foi presa em
1942. Para ela, que era chamada irmã "Resoluta", a prisão se tornou
uma espécie de lugar de graça, para honrar o nome com que se tinha consagrado:
Restituta, aquela que foi restituída para Deus. Por isto, olhando para a força
redentora da Cruz, sua consciência da Vida Eterna se tornou mais verdadeira no
coração. A coragem que lhe era própria se tornou mais firme.
Irmã Resoluta esperou cinco meses na prisão para morrer. Em
30 de março de 1943, foi decapitada. Para as franciscanas mandou uma mensagem:
"Por Cristo eu vivi, por Cristo desejo morrer". E na frente dos
assassinos nazistas, antes que o carrasco levantasse a mão que a mataria, irmã
Restituta disse ao capelão: "Padre, me faça na testa o sinal da
Cruz".
O papa João Paulo II elevou a Irmã Maria Restituta Kafka ao
altar para ser reverenciada como Beata no dia 30 de outubro, em 1998 em Viena,
Áustria.
Fonte: Sites Católicos
Foi no dia 07/03/2012 a triste notícia: TJRS determinou a retirada de todos os símbolos religiosos
acatando um pedido feito pela Liga Brasileira de Lésbicas e outras entidades
sociais.
Fonte: Veja
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