terça-feira, 24 de julho de 2012

Marcha pra JESUS, não. É funk gospel carnavalesco.


As batidas fortes e repetitivas, o estridente som remixado e as luzes piscando freneticamente causavam frisson entre os jovens naquela noite de sábado. Pulavam, cantavam, arriscavam desajeitados passos de dança diante do palco esfumaçado. Fazia frio, e não se via nenhuma garota de miniblusa, calça apertada ou microvestido. Mesmo assim, quem avistasse a cena a distância dificilmente arriscaria outro palpite: o estacionamento do Clube Mauá, em São Gonçalo (RJ), abrigava mais um agitado baile funk, desses que se multiplicam entre as comunidades mais pobres da região metropolitana do Rio. Ledo engano. O estilo musical era mesmo o funk, mas o evento em questão era a Marcha para Jesus.

O funk gospel encerraria a extensa jornada de shows programados para o dia. “Abraça, abraça, abraça o irmão!”, entoavam em coro os jovens da plateia, numa releitura cristã do popular “Agarra, agarra, agarra os gordinhos” das festas profanas. Quem conduzia o “pancadão de Deus” era o cantor Adriano Melo de Lima, de 34 anos, filho de um pastor auxiliar da Igreja do Nazareno. “Quando era adolescente, escutava música secular escondido da minha família. Meus pais foram os primeiros a recriminar a ideia de cantar funk gospel, mas o pastor da minha igreja apoiou a iniciativa e agora faço até cinco shows por dia nos fins de semana. Resultado: mais jovens estão frequentando os cultos”, afirma, enquanto fãs aguardam a oportunidade para tirar uma foto com o ídolo, ora engajado no projeto de se eleger vereador no município de Mesquita, Baixada Fluminense, pelo PSC. “Quero regenerar jovens envolvidos com o crime e com as drogas por meio de projetos de esporte e cultura.”
Adriano Gospel Funk, como prefere ser chamado, é um exemplo da nova geração evangélica em ascensão. Mais liberais nos costumes, a maioria dos fiéis não recrimina mais o uso de cosméticos, as telenovelas, o futebol no fim de semana. Eles têm forte presença na mídia, aspirações de maior participação política e não dispensam uma festa. No mesmo palco do “pancadão de Deus”, revezaram-se grupos de pagode, rock, forró, uma espantosa variação de ritmos dedicados ao louvor de Cristo. Em todo o País, as incontáveis Marchas para Jesus seguiram scripts semelhantes. Passeatas carnavalizadas, desfile ao som de trios elétricos, megashows, milhares – em algumas capitais centenas de milhares – de fiéis reunidos para celebrar o orgulho cristão.

*Matéria na Edição 707 de CartaCapital.

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Caiafarsa
pastor-gritao3


Os Cristãos Católicos desde o início, nunca se utilizaram
 de artimanhas da oratória  para converter o povo. Sobre isso,
 nos originais, alertava o apóstolo São Paulo: “Cristo não me enviou
 para batizar, mas para pregar o evangelho; e isso sem 
recorrer à habilidade da arte da oratória, para que não se 
desvirtue a cruz de Cristo” (1Cor 1,17). Mas, de onde veio e quando 
apareceu a LAVAGEM CEREBRAL,  esse jeito escandaloso com gritos, 
fala frenética e gestos bruscos de “pregar”, usado pelas seitas protestantes?

Jonathan Edwards, presbiteriano, descobriu acidentalmente essa
 técnica durante  uma cruzada religiosa protestante em 1735, 
em Massachusetts. Induzindo culpa  e apreensão aguda e aumentando
 a tensão, os “pecadores” que compareceram aos seus encontros de
  “reavivamento” foram completamente dominados,  tornando-se submissos. 
Tecnicamente, o que Edwards estava fazendo era criar  condições que 
deixavam o cérebro em branco, permitindo a mente aceitar nova 
programação.

O problema era que as novas informações eram negativas. Ele poderia
 então  dizer-lhes, “vocês são pecadores! vocês estão destinados 
ao inferno!”. 
Como resultado, uma pessoa tentou e outra cometeu suicídio. 
E os vizinhos do suicida relataram que eles também foram tão
 profundamente  afetados que, embora tivessem encontrado a 
“salvação eterna”, eram também obcecados com a idéia diabólica
 de dar fim às próprias vidas.

Charles J. Finney, foi outro fundamentalista protestante que usou
 as mesmas  técnicas quatro anos mais tarde, em “conversões” 
religiosas em massa, em Nova Iorque. As técnicas são ainda hoje
 muito utilizadas pelos protestantes em cultos, e nas forças armadas
 dos EUA. Estudiosos acreditam que muitos pregadores protestantes 
não percebam ou saibam que estão usando técnicas  de LAVAGEM 
CEREBRAL quando falam alucinados, com veemência e fazendo
 gestos bruscos. Edwards simplesmente topou com uma técnica 
que realmente funcionou, e outros protestantes a copiaram e 
continuam a copiá-la pelos últimos  duzentos anos no meio protestante. 
E hoje eles abusam desta incessantemente na mídia, em busca 
de “conversões” (que lhes encham os bolsos). Esta é uma 
das  maiores razões para o crescimento das seitas, especialmente
 na variedade  televisiva  e radiodifusão. (…) Exatamente no momento,
 quando o estado mental alfa for atingido, passarão com a 
“cestinha de coleta”. Ao fundo da igreja, o pastor assistente com sua
 “Voz Cadenciada” provavelmente estará incitando os presentes dizendo
 – sempre cerca de 45 vezes por minuto – algo do tipo: 
“Dê a Deus… Dê a Deus… Dê a Deus… Dê a Deus…”, e a audiência obedece. 
Pode ser que Deus não receba o dinheiro, mas seus ricos “representantes” 
vão.  – 
(Fonte: Psychologie und Landmark Education – 
Extraído do discurso feito no Congresso Mundial da Convenção
 de Hipnotizadores Profissionais em Las Vegas, Nevada).

Daí notar-se que os “pastores” não são escolhidos pelo seu conhecimento 
teológico ou vocação, mas pelo seu malicioso malabarismo persuasivo da 
oratória (sabedoria da palavra) condenada por S. Paulo e que torna vã a 
cruz de Cristo (1Cor 1,17). Outro dia um desses quase matou de rir o povo
 da rua Estrada de cima – Goiana – PE, com sua voz ritmada e tremula. 

Já outro parecia  que narrava uma partida de futebol alucinado berrando.

Sabendo que isso em nada representa a verdadeira
 conversão, condenam  estas práticas (Tiago 1,26):


“Se alguém cuida ser religioso e não refreia a sua
 língua, mas engana o seu coração, a sua religião
é vã”

Ou seja:

É  -  VÃ – GÉLICA! 

Desconfie sempre de quem prega com  voz ritmada e gesto  brusco. 
Foi claro, o bispo S. Paulo ao dizer:

 “A minha palavra e a minha pregação  não consistiram em palavras
 persuasivas de sabedoria humana, mas em  demonstração do
 Espírito e poder, para que nossa fé não se apoiasse em 
sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.” ( 1Cor 2,4-5).  
(Conforme: Bíblia João Ferreira).  

E o profeta Jeremias alertava:

“Por que prospera o caminho dos ímpios, e vivem em paz todos 
os que cometem  o mal aleivosamente? Plantaste-os, e eles 
arraigaram-se; avançam, dão fruto; chegado estás à sua boca, 
mas longe do seu coração. Mas tu. Ó Senhor, me conheces,
 tu me vês e provas o meu coração para contigo; impele-os como 
ovelhas para o matadouro e prepara-os para o dia da matança.

…Porque até os teus irmãos e a casa de teu pai, eles próprios se hão 
deslealmente contigo; eles mesmos clamam após ti em ALTAS VOZES.

Não te fieis neles ainda que digam coisas boas”
(Jeremias 12,1-3,6)    
                          
(conforme a bíblia “evangélica” de João Ferreira que fingem seguir).



Autor: Fernando Nascimento.






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