terça-feira, 2 de julho de 2013

Perseguição na Síria: Padre François Murad, mártir.



Roma, 25 Jun. 13 / 10:05 am (ACI/EWTN Noticias).- No domingo 23 de junho o sacerdote católico sírio François Murad foi assassinado no convento da Custódia da Terra Santa, em Gassanieh, no norte da Síria, onde tinha se refugiado.
O fato, indica a agência vaticana Fides, foi confirmado por uma declaração da Custódia da Terra Santa. As circunstâncias da morte não são de todo claras. Segundo fontes locais, o convento onde se encontrava o Pe. Murad foi atacado por militantes vinculados ao grupo muçulmano jihadista Jahbat al-Nusra.
O sacerdote de 49 anos de idade mantinha estreitos laços com os frades franciscanos da Custódia da Terra Santa. Depois de ser ordenado sacerdote no povo de Ghassanieh começou a construção de um mosteiro cenobítico dedicado a São Simón o Estilita
Depois do início do grave conflito na Síria, o mosteiro de São Simón foi bombardeado e o Padre Murad se transladou ao convento da Custódia por razões de segurança e para apoiar aos poucos que ficaram, junto com outro sacerdote e as religiosas do Rosário.
"Rezemos -escreve na nota de imprensa o Custódio de Terra Santa, Padre Pierbattista Pizzaballa- para que esta guerra absurda e vergonhosa termine logo e o povo da Síria possa voltar à normalidade".
O Arcebispo Jacques Behnan Hindo, titular da Arquieparquia sírio-católica de Hassaké-Nisibis, disse à agência Fides que "toda a história dos cristãos no Oriente Médio está marcada e fecundada pelo sangue dos mártires de muitas perseguições".
"Nos últimos tempos, padre Murad mandou-me algumas mensagens nas quais se mostrava consciente de viver numa situação perigosa, e oferecia sua vida pela paz na Síria e em todo o mundo", adicionou.
Por George-François Sassine
Fratres in Unum.com – Em nota reproduzida pela ACI Digital (a partir de comunicado da Custódia da Terra Santa) e confirmado por este que escreve, ao assistir ao vídeo postado no site LiveLeak: foi por morto por degola, no dia 23 de junho, o padre sírio-católico François Murad, na cidade de Gassanieh, ao norte do país.
“Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos” (Evangelho de São Mateus, cap. 10, vers. 16).
Padre Murad, de batina, antes de ser decapitado.
Padre Murad, de batina, antes de ser decapitado.
Padre Murad era responsável pela construção do mosteiro (cenobítico) de São Simeão Estilita (O “Antigo”), o qual foi atacado pela milícia muçulmana Jahbat al-Nusra. Posteriormente, se refugiou no Convento de Santo Antônio de Pádua das Irmãs do Santo Rosário, ainda em Gassanieh, a quem passou a prestar apoio. Por isso era próximo aos frades (franciscanos) da Custódia da Terra Santa.
O padre, juntamente com um fiel leigo, foram acusados pelo “tribunal” (sic!) dessa milícia de colaboração com o presidente sírio, Bashar al-Assad. A sentença foi a degola de ambos.
Padre Murad, durante todo o tempo, permanece ajoelhado, quase em prostração. Mãos postas, cabeça baixa, possivelmente rezando e se entregando a Nosso Senhor. Usa a batina preta, tradicional para o dia-a-dia: distingue-se do homem comum e distingue-se como servo do único verdadeiro Deus, o Deus da Trindade.
Não oferece resistência e sua agonia – sob os gritos selvagens dos rebeldes muçulmanos –  rapidamente (não mais que um minuto) termina. Deus lhe permita a glória dos mártires, junto a Santo Ignácio de Antioquia e a Santo Estevão Apóstolo.
No mundo moderno ocidental pensa-se: “A Síria é muito distante para que seja objeto de preocupação. Afinal, já não bastam os problemas que temos aqui?”.
Infelizmente essa realidade de pensamento é mais forte do que a recomendação de Nosso Senhor: a de que rezássemos uns pelos outros.
Silenciosa e novamente, mais do que a “objetividade prática” deste mundo é capaz de supor, permita assim Nosso Senhor e Salvador: se o solo daquelas bandas recebe novamente sangue, que seja este sangue testemunho e semente da verdadeira Fé, exemplo para todo o mundo.
Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, Perpétuo Socorro do Cristãos, rogai por estes filhos teus, nós vos pedimos.
Kyrie Eleison, Kyrie Eleison, Kyrie Eleison.

Um comentário:

Janete Moura disse...

Caros leitores: Salve Maria!
Circula na internet o vídeo da suposta morte do padre François Murad. Assisti pouco a pouco, porque é impossível assistir de uma só vez. As cenas são fortíssimas, chocantes. Pessoas, muitas pessoas ao redor com celulares filmando como se fosse um teatro. Ele é um mártir! Morreu igual a São João Batista. Não colocarei o vídeo no Blog, pois é forte demais. Não dá pra processar tamanha crueldade.Meu conforto: saber que já está no céu e pode interceder por nossos sacerdotes.