sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Conferência PVD 2016: O milagre do leite

Salve Maria, caros leitores!
Hoje, aqui no Blog, compartilharemos com vocês um milagre que aconteceu na Conferência da Palavra Viva de Deus, mais precisamente no espaço que foi dedicado às crianças e às mamães.
Deixamos aqui nossos agradecimentos a todos os papais e  a todas as mamães que colaboraram com esse espaço. 
Deixamos um abraço carinhoso à Nicole de Curitiba, ao Isaac e a Ketlyn de Minas Gerais, que nos presentearam com lindos desenhos. 

Agradecemos de coração à Família Conceição por todo o incentivo e apoio e ao Profeta, pela permissão de fazer esse espaço.
Agradecemos à Santíssima Trindade por esse grande presente: o milagre do leite.
Abaixo, em áudio, você conhecerá esse grande milagre que aconteceu nessa Conferência. 
Que a Sagrada Família abençoe a todos!
Fábio e Janete Moura




Veja também: 

Conferência da Palavra Viva de Deus 2016



Salve Maria! 


Nos dias 21 e 22 de agosto de 2016, foi realizada a última
Conferência da Palavra Viva de Deus, a pedido de Nossa Senhora
através de uma Mensagem ao Papa Pedro II (Confidente Católico Bento da Conceição).
Na entrada todos passavam por uma porta estreita em forma de cruz e logo já avistavam as lindas imagens de Nossa Senhora, Menino Jesus e São Francisco. 


A Conferência teve início dia 21 de agosto de 2016 às 19h00, com a chegada do nosso profeta e também de seus filhos, netos e coroinhas que levavam a imagem de Nossa Senhora Aparecida, o Grande Livro com as santas mensagens, a Bíblia entre cantos e seguiu-se com oração do terço com as crianças, Santo Rosário, Via-Sacra, Ofício da Imaculada Conceição, Terço da Misericórdia e lindos testemunhos.






Muitos fieis seguidores da Palavra Viva de Deus que não puderam estar presentes puderam acompanhar tudo ao vivo pela internet pelos sites A Palavra Viva de Deus e Ceifadores


Foto Facebook Milla Gomes/ Belém-PA
Foto facebook
Casa de Oração da Obediência a Deus Pai/Belém-PA

Fieis do mundo todo permaneceram unidos em oração durante uma noite inteira, a pedido de Nossa Mãezinha do céu. 


Foto facebook Marcio Elizeu






Um momento muito aguardado por todos que participavam da Vigília era a leitura da Mensagem que chegou logo pela manhã do dia 22 de agosto de 2016 e que encerrou a Última Conferência da PVD.




Mensagem recebida pelo Confidente Católico Bento da Conceição Taquaras – Balneário Camboriú – Santa Catarina – Brasil

Só os Filhos da Luz é que irão receber o seu galardão

21/08/2016

Louvado seja Nosso Senhor Jesus! Esta é minha saudação. Aqui junto de vocês todos estou para dar-vos orientação. Eu sou José, o que cuidou do Menino Deus junto com a Sua Mãe e nossa também. Estes momentos que vocês vieram de tão longe, não existe outro amor como este, que, cansaço para vocês pouco existe. Vejo pessoas que eram para estar em casa descansando, mas sua fé ultrapassa barreiras, como esta noite. Dá para ver que o próprio diabo, aqui ele quis entrar, mas Deus, Nosso Pai, não permitiu. Só posso dizer: felizes são todos os que estão presentes. Noite de chuva, mas ela não incomodou nenhum de vós. Esta chuva é como se fosse derramada para que, quando saírem daqui, suas últimas penas fossem limpas.

Não se diz: “Bendito o que vem em Nome do Senhor”? Em toda a face da Terra aqui está o Seu povo escolhido, por ter ouvido a Voz da Razão. Este que vem vos guiando é um dos maiores Profetas. Este fala e canta e não se sente cansado. Suas pernas ainda estão firmes depois de tanto lutar por amor a vocês e sua família. Para Nós aqui no Céu já é como se estivesse junto de Nós. Olha que todos, de perto ou de longe, quem está ligado junto aqui já pode se considerar livre do que está para vir. Lembrem-se da passagem de Sodoma e Gomorra. Aqui estão vocês, queridos irmãos, a maior prova são vocês, que já não depende mais do castigo que virá. Hoje podem se considerar livres da condenação.

Meus irmãos, no meu tempo, como agora está existindo, só os Filhos da Luz é que irão receber o seu galardão, como nós recebemos, todos aqueles que viveram só para Jesus. E vocês vêm fazendo o mesmo. Que noite maravilhosa! Juntos Nós aqui no Céu podemos ver como todos se comportaram bem. Isto se chama amor, muito amor. Por um momento sei que todos estão esperando pelo Salvador, mas, chegando está a hora.



São José filho de Maria e Papa Pedro II



Informações: (0xx47) 3169-1316




quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Primeiro Sacrário




A primeira que comungou foi a Virgem Maria.
A primeira que recebeu Jesus no coração.
A primeira que anunciou foi a Virgem Maria,
E gerou na fé o profeta que de Izabel nasceu


Foi por ela que aconteceu a primeira adoração.
E quando os magos a encontraram,
Houve a primeira grande exposição.


Mãe capela do Santíssimo, Sacrário do amor.
Expõe para nós teu filho.


Mãe capela do Santíssimo, Morada do Senhor.
Expõe para nós teu filho
Primeiro ostensório do Senhor!

(Música: A primeira que comungou - Toca de Assis)


*****


Mensagem recebida pelo Confidente Católico Bento da Conceição – Taquaras – Balneário Camboriú – Santa Catarina – Brasil

O Amor Materno

20/07/2000

Como o leite branco, que sustenta milhões de criancinhas e adultos, a Pureza de uma Santa Admirável é muito mais, diante de Seu Filho, pois foi d'Ela que Jesus, por algum tempo, em Seu Seio buscou Seu primeiro alimento. Na primeira vez que Jesus experimentou o Leite de Sua Mãe, viu que, além do Seu Grande Poder, tinha criado uma Criatura tão dócil, tão linda, tão meiga e
tão pura. Este nome "Maria" só não pode ser mais do que Deus, mas abaixo d'Ele outra criatura não é senão Ela. 
Maria faz a segunda parte depois do Corpo de Jesus que é dado pelo Santo Sacramento. É como Ele disse: Quem come da Minha Carne e bebe do Meu Sangue terá vida eterna (Jo 6,54) mas, se vier rejeitar do Leite de Minha Mãe, não poderá ter parte Comigo. Assim como vossos filhinhos precisam do leite de sua mãe, que é o primeiro alimento, também da Virgem Maria, até hoje, derrama sobre a terra este Leite que sai de Suas mãos, onde os olhos da humanidade não conseguem enxergar, por se tratar de um Santo Mistério que será revelado só depois, na outra vida.

"Mãe" – este nome é tão sagrado que seu Criador o pôs para não se ter rima. Ela foi escolhida para ser a Rainha deste século e também na outra vida, depois da segunda Vinda de Jesus, onde Seu primeiro alimento veio d'Ela, por ser o mais puro, sem ter a mancha do pecado original. De Seu Seio, quando o Menino Deus se alimentara, sentiu um Amor tão puro do qual ainda não tinha experimentado. Foi o momento mais Sagrado, quando Seu chorinho dizia: "Mamãe, estou com fome". E Ela tão logo deu Seu Seio para Jesus Menino receber Seu primeiro alimento. Nesta hora todos os Anjos deram "Glória a Deus". Foi o maior acontecimento que a terra recebia desde que Javé criou tudo. Outro fato igual a este não teve.


Quem vier rejeitar o amor materno de Sua Mãe, ama a morte (Prov. 8, 32-36), porque o Primeiro Sacrário d'Ele foi Maria, e d'Ela usou tudo que precisava: Seu "Sim", Seu carinho, Seu amor, Seu sangue, Sua proteína, e, de Seu Leite Sagrado, Seu primeiro alimento. Então, irmãos em Cristo, vivam o Pentecostes, mas não desprezem Sua Mãe por nada deste mundo.


Eu sou Elias, onde o filho deste irmão, que é meu irmão também, veio me homenagear junto com Jesus, Moisés, Pedro, Tiago e João; quadro este que diz tudo: O amor que tem por Nós esta família.*

Elias

* Este último parágrafo refere-se ao quadro da transfiguração pintado na parede da Nova Capela na casa do Sr. Bento pelo seu filho João Batista.

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A Mulher Forte: "Uma força misturada de graça é o seu vestido e ela terá alegria nos últimos dias"

Salve Maria!
Este é o terceiro post que compartilhamos com o leitor de alguns trechos de 17 Conferências feitas às Senhoras da Associação de Caridade, por Monsenhor Landriot Arcebispo de Reims. Versão da 10ª edição francesa por Alfredo Campos, Livraria Inernacional 1877.
O título das 17 Conferências é "A Mulher Forte". Uma ótima leitura para ajudar a todas as mulheres a compreenderem melhor ao chamado de Deus a cumprirem o seu valioso papel na família e ocupar o cargo de Rainha do Lar, dado pelo próprio Deus. Abaixo, a primeira parte da 15ª Conferência.

"Uma força misturada de graça é o seu vestido."


A mulher forte tem no ar, no aspecto, na fisionomia e no olhar, uma
dignidade cheia de encantos. Não é uma beleza efeminada, que se dirige principalmente aos sentidos; é um raio do céu, cuja beleza exterior não serve senão para cobrir uma nobre e varonil virtude. Caminha assim, levando aos ombros este manto de glória; e há tanta simplicidade nos seus modos, tanta bondade nas suas palavras e no seu olhar, tanta expressão na sua fisionomia, que a inveja desarma-se: admira-se e ama-se. "A raiz desta beleza - diz Santo Ambrósio - é uma virtude interior, sempre viçosa, cuja flor se projeta em todos os órgãos." (De offic., 1.I, c. 45). 


A vista dessa mulher admirável eleva os pensamentos em lugar de
os abaixar, e a luz do seu olhar purifica sempre. Quando a gente se encontra, lembra logo a bela máxima de Clemente de Alexandria: "O que olha a beleza com uma casta afeição esquece a beleza da carne pela da alma: só admira o corpo como uma estátua, e eleva-se por essa terrestre, até ao primeiro artista, até a própria essência da beleza. Para ele as formas exteriores são um símbolo sagrado que ele mostra aos anjos guardadores, das avenidas do Céu; é o cunho luminoso da justiça, é o perfume de uma alma perfeitamente harmonizada, é a manifestação dos sentimentos íntimos de um coração, que a presença do Espírito Santo faz estremecer." (Stromat., I. IV. cap. 13). 


Eis a verdadeira beleza da mulher forte: é uma água pura que sabe de um coração virtuoso, é uma água límpida, em que se reflete a claridade de um sol interior, e que parece refrescar o olhar. A sua força é cercada de graça, e a graça é protegida pelo baluarte de uma força divina: Fortitudo et decor indumentum ejus. 


Todas estas admiráveis qualidades, cuja base está sempre no interior, podem encontrar-se nas mulheres que não possuem
precisamente, o que, por convenção, se chama a beleza física das feições. Há pessoas as quais o mundo confere, ao menos em palavras, um prêmio de beleza, e que, para o observador atento, têm uma expressão de fealdade pronunciadíssima: traem-se-lhes a alma em certas linhas fugitivas, em certas rugas que vão e vêm, produzindo um efeito que a pena não pode descrever, mas que o pensamento agarra na sua rápida passagem.

Encontram-se, ao contrário, figuras que certa gente chamaria feias, e que são admiravelmente belas na expressão e na forma imaterial.

O verdadeiro belo, o que arte da alma, está impresso na fisionomia; está sempre claro, semelhante a um formoso diamante que não estivesse ricamente lapidado, e ao qual a forma externa fornece ocasião para mais cintilar.

Contemplando-as lembra logo o pensamento de outro Padre, que já por mais de uma vez temos citado: "A virtude brilha como uma flor nos corpos em que habita e reveste-os de uma luz suave e pura." (Clem. Alex, Pedag. I. II, c. 12).

Eu não tenho receio de entrar em todas estas minuciosidades, a fim de vos fazer compreender, mais e mais, que a religião é um aroma que conserva tudo, mesmo o que a mulher tem de mais frágil e, algumas vezes, de mais perigoso nas suas qualidades. O cristianismo é suficientemente forte para dizer tudo, mesmo sobre as matérias as mais delicadas, é suficientemente forte para tudo preservar, porque é divino. 


Sejam quais forem as vossas qualidades exteriores, andai de modo que elas tenham sempre o reflexo de uma alma grande e virtuosa. Se Deus vos deu algumas vantagens corporais, seja a virtude a raiz que as alimente: terão sempre mais frescura e verdade, semelhantes às árvores cuja profunda raiz bebe a seiva interiormente, e que se estiolam quando ela é a superfície. Se a natureza não fez por vós tudo quanto tendes, talvez, sonhado, tenha a vossa virtude uma luz mais viva; e a flor da alma, como a chamam os santos, brilhará tanto mais nos vossos órgãos, quanto a condecinha flor mais simples; o ramo de flores tem às vezes um encanto a mais, quando o vaso que o contém não encerra toda a elegância da arte. 


Muitas vezes, no mundo decaído há contrastes entre a forma e a riqueza interior, e as coisas são tanto mais sólidas e seguras, quanto 
menos predomina nelas o elemento material. Que a força ornada da graça seja, pois, o vosso vestido: Fortitudo et decor indumentum ejus. Na igreja, no passeio, em um encontro com os amigos, seja a vossa fisionomia o espelho do quanto à gente gosta de supor no coração de uma mulher virtuosa; tenha o vosso sorriso à graça de uma bondade sobrenatural; sejam os vossos olhares a pintura abreviada dos vossos sentimentos; tenha o vosso porte a dignidade e a simplicidade de uma alma verdadeira; que tudo enfim, imponha respeito, atraindo as almas e elevando os caracteres. 


A Bíblia ajunta que "a mulher forte terá alegria nos seus últimos dias." 


Um dos mais belos e mais enternecedores espetáculos é o de ver uma mãe de família cercada dos seus filhos, que ela educou no
temor de Deus, que ela viu crescer e prosperar em torno dela, como rebentos de oliveiras, sempre verdejantes: Sicut novellae olivarum (Ps. CXXVII, 3.) 


Expande-se-lhe o coração e sorri-lhe o rosto; é o sol que vai em breve esconder-se num céu puro, e que, antes de desaparecer no extremo do horizonte, parece deter o seu curso, lançando um olhar de saudade sobre a natureza que vivificou: Et ridebit in die novissimo.

Ela recorda com ventura as alegrias da sua mocidade maternal, as bênçãos que o Céu se aprazia em derramar sobre a sua família, e os puros júbilos de seus filhos e de seu marido. Os trabalhos que empreendeu, as penas que sofreu, as dores inseparáveis das felicidades deste mundo, as preocupações e os cuidados do seu amor, tudo se lhe converte em assunto de ventura: é feliz, e goza, como o jardineiro que acha, na recordação dos seus rudes trabalhos e dos seus suores, motivo de consolação, porque recolhe no outono os frutos abundantes dos seus dias de labor e de sofrimento.


Ditosa mãe, rejubilai-vos com o bem que praticastes, rejubilai-vos em Deus, porque essa alegria é um dom do Céu: Hoe donum Dei est (Ecles.I, II).

Que a ventura, a virtude, a prosperidade da vossa numerosa família formem em volta de vós uma como coroa de flores, um como tapete de verdura, a fim de ensombrecer-vos os últimos dias e embalsamar-vos de antemão os membros fatigados, antes de descerem ao túmulo, aonde encontrarão o derradeiro repouso: Et ridebit in die novisimo. 


É sobretudo na derradeira hora, e sobre o leito fúnebre que o sorriso da mulher forte toma uma expressão angélica. E, como o santo patriarca, é, sem dúvida obrigada a dizer:- "A minha peregrinação foi semeada de dias curtos e maus" (Gen. XLVII), pois tal é a lei de todas as criaturas humanas, e as lágrimas da dor e do sacrifício são o melhor orvalho para certos crescimentos sobrenaturais da alma. Porém depois desta confissão, que a verdade reclama, a mulher forte deve ajuntar: - Meu Deus, acabei o meu curso, terminei a obra que me confiastes, e agora volto a Vós, como Autor de toda a paternidade, a fim de Vos amar e de Vos suplicar ainda com mais amor e fervor por aqueles que vão permanecer depois de mim. 


O padre responde-lhe: - Parti alma cristã, porque o Cristo vai receber-vos nos prados verdejantes do Céu - Intra paradisi semper amaena virentia. (ritual romano) 


A alma levanta-se com estas palavras, toma vôo, e depois de partida, fica sobre os lábios, nos olhos, e na fronte uma expressão de sorriso angélico, que é como o último adeus da alma, e que parece ficar para falar ainda da sua ventura: Et ridebit in die novissimo. 

Fonte: Salve Rainha

Veja também: 



domingo, 7 de agosto de 2016

Quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes

                                 Salve Maria!
Veja um lindo vídeo que  não precisa de palavras; apenas gestos, para passar uma linda mensagem. 




(Mateus 25,40)

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Irmã Maria Guadalupe dá seu testemunho de fé vivendo na Síria (Emocionante!)

Salve Maria!
Nos vídeos que o leitor irá assistir, Irmã Maria Guadalupe chama a atenção
de todos os cristãos, para tomarem como exemplo os cristãos da Síria, para que sua fé se fortaleça. Mostra que a fé vivida na Síria, é a fé verdadeira de um cristão que está preparado a todo momento à dar a sua vida por Nosso Senhor Jesus Cristo. 
Explica que hoje, muitos homens e mulheres que eram ricos em bens materiais reconhecem o tempo perdido com coisas banais e que valorizam coisas simples do dia-a-dia como ligar a luz, por exemplo.

Completa dizendo que o cristão, na Síria, leva a cruz diariamente com amor e alegria, seguindo o que o próprio Cristo disse: Se quiseres me seguir, tome sua cruz e siga-me (Mt 16,24-28).

Resumindo, o maior conselho que ela dá é: Cuidai de sua alma. Essa, ninguém pode roubar de você!

Veja o lindo testemunho de Irmã Guadalupe:




quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Dia do padre: 4 de agosto

O dia do padre é celebrado de maneira oficial no Brasil no dia 4 de agosto, pois é nessa data que ocorre a festa de São João Maria Vianney, que é celebrada desde 1929, ano em que o Papa Pio XI declarou São João Maria Vianney como o padroeiro dos padres.


João Maria Vianney, também conhecido como Santo Cura de Ars, nasceu na França, no ano de 1786 e hoje é considerado um dos conselheiros mais emblemáticos da história do catolicismo, especialmente na sua época. Foi em 1925 que o Papa Pio XI santificou São João Maria Vianney. 

O Blog Cruzada Católica homenageia nossos queridos sacerdotes Padre Tobias Negri, Padre Carlos Santiago e Padre Rômulo Cândido de Souza, nosso intercessor no céu, com essa linda canção:

Benditas mãos, que trazem meu Senhor à terra, elevam nossas almas ao céu. 

Homem de Deus que gera no espírito, através da dor, da consagração total, da própria vida. Padre, pai, sacerdote eterno! 

Homem entre os homens, o pobre de Deus, vive no amor. Anúncio vivo e vibrante do reino. Padre, pai, sacerdote eterno!”

São João Maria Vianney, 
intercedei por todos os sacerdotes! 
Amém!

A Mulher Forte: Um navio e a mulher (Parte 2)

Salve Maria!

No post anterior, começamos a compartilhar com o leitor, alguns trechos de 17 Conferências feitas às Senhoras da Associação de Caridade, por Monsenhor Landriot Arcebispo de Reims. Versão da 10ª edição francesa por Alfredo Campos, Livraria Inernacional 1877.
O título das 17 Conferências é "A Mulher Forte". Uma ótima leitura para ajudar a todas as mulheres a compreenderem melhor ao chamado de Deus a cumprirem o seu valioso papel na família e ocupar o cargo de Rainha do Lar, dado pelo próprio Deus. Abaixo, a segunda parte da 4ª Conferência: Um navio e a mulher.

Continuemos, pois, na análise do nosso navio. 

Como se chama as árvores limpas de córtex, despidas de ramos e
de folhas que se elevam no meio dele? Três principais conto eu: servem de ponto de apoio ao cordame, ás vergas e a todo o aparelho da embarcação. Quando o barco tem os mastros partidos perde a força, luta mais dificilmente e está próximo da sua ruína. 

Do mesmo modo é necessário que a alma tenha pensamentos fortes, princípios sólidos que sejam uma como armação da vida moral, e não aplico este conselho somente em matérias religiosas, mas ainda em tudo quando pode interessar a vida humana, nos negócios temporais, e nas regras de conduta nas relações com os homens e as
coisas. Em tudo são necessários princípios, não princípios sistemáticos, porque o sistema é um perigo e uma causa de continuas imprudências, de faltas mais ou menos graves; são necessários princípios, que, sem saírem da linha da verdade, tenham bastante elasticidade para se prestarem a todas as exigências da sabedoria e da caridade. Eles convertem-se em pontos de apoio da existência, e mastros do navio humano; em volta deles grupam-se e ligam-se as idéias da alma, o conjunto dos seus projetos e resoluções, e os cabos e cordas variadas que compõem a rede da vida. 

Desditosa a alma que não tem mastreação! Porque não terá resistência nem poderá lutar no meio das contradições e das correntes opostas, e porque terá um movimento irregular e desordenado como o de uma embarcação que navega á mercê de todos os ventos contrários. 

Não basta ainda a mastreação, é necessário também um leme, - pequena peça de madeira meio oculta na água. O piloto, sem que isto se perceba, comunica-lhe um movimento que varia constantemente nos lugares difíceis, e a mobilidade do leme é a verdadeira força que conduz o barco, que lhe dá um impulso que pode variar a cada instante, e que lhe inclina a marcha em sentidos postos. O navio dirigido, assim, por mão hábil e inteligente, transpõe todos os escolhos, vence todas as dificuldades. 

A alma também deve ter o seu leme, isto é, um espírito de sabedoria, largo e esclarecido, que em um olhar abrace o horizonte, descubra as dificuldades da travessia e comunique á derrota a linha reta; que sem sair das vias da verdade e da justiça, possa desviar, segundo as circunstâncias, obliquar tanto para bombordo como para estibordo, e fazer da existência uma linha quebrada, composta de linhas retas. Será isto bastante para a condução do navio? Não, senhoras; a embarcação mais sólida, melhor equipada, mais provida de velas, com excelente mastreação e leme habilmente manobrado, poderia soçobrar depois de algumas horas ou de alguns dias de viagem. 

É necessário que o piloto conheça perfeitamente o estado dos mares
e das costas, a profundidade da água, a posição dos escolhos, dos bancos de areia, o sopro dos ventos e da direção das correntes; é necessário que tenha, mas bem a fundo, o conjunto de conhecimentos que constituem a ciência náutica. Além disto, uma carta minuciosa aonde tudo se ache consignado, para que saiba que em tal lugar encontrará uma costa perigosa, um cabo aonde o mar é furioso, um recife aonde facilmente iria abalroar, um baixio que lhe faria encalhar a embarcação e uma corrente que a sepultaria. 

Vós deveis ter também, senhoras, uma carta do mar, mais que todos, difícil e tempestuoso, o mar da vida. Eu me explico: conheceis, tanto quanto possível, o forte e o fraco do que vos cerca; não vos apoieis em certas praias, porque ireis de encontro a grandes rochedos, e desconfiai do desfiladeiro de homem ou das coisas, onde sois obrigadas a passar. Em tal lugar há correntes pérfidas, e, tanto mais, quanto menos se anunciam á superfície. Mais longe está um banco de areia. O que é um banco de areia? – perguntais vós. É o homem, é a mulher, é o caráter com o qual contáveis, talvez. Não vos apoieis nele, peço-vos; é um banco de areia sem solidez, o vosso baixel encalharia nele, e, uma vez encalhado, seria, talvez, difícil retirá-lo. Há naturezas de que não se desfaz a gente como se pretende, quando se está preso na areia sem fim; parecem-se muito com o estreito de Maumusson, onde os navios, tendo tocado o fundo, descem gradualmente e com uma força, cuja potência a lentidão não modifica. Vós contais tal praia, frequentais tal companhia e pretendeis que o vento vos é ali favorável. Engano, talvez: O vento sopra, é verdade, do vosso lado quando estais presentes; mas voltai às costas e pedi notícias a algum marítimo dedicado que permaneceu na praia, e ele vos dirá que as vossas palavras, os atos, a vossa própria recordação, tudo foi despedaçado por uma brisa fria e violenta. 

Que mais direi ainda? No mar há peixes guarnecidos de dentes que rasgam as carnes dos nadadores, surpreendendo-os no momento em que menos o pensam, porque estes seres malvados navegam sempre entre duas águas. Do mesmo modo há também caracteres que caminham sempre debaixo da água, para me servir de uma expressão de São Gregório de Nazianzo: - “Os armênios – dizia ele – não são nem simples nem francos, são absolutamente dissimulados e semelhantes aos rochedos que se escondem sob as águas do mar.” (Oraç. XLIII, nº 17) Vós não pensáveis talvez na existência destes peixes humanos, e só começais a suspeitá-la quando vos ferem com os seus dentes cruéis e tanto mais perigosos, quanto mais ocultos. Escondem-se no oceano, ou sob veludo, quando habitam a terra, porque estes seres são anfíbios. 

Volto, porém, ao nosso navio. Quereis comigo descer ao interior? Como tudo está admiravelmente disposto! Que sábia distribuição
! Que limpeza! Que bom arranjo na sala de jantar, na câmara e nos beliches! O capitão vigia tudo e tudo se faz em perfeita ordem. Nenhum embaraço da carga, nem a mínima alteração entre os passageiros; a equipagem é numerosa, mas obedece como se fora um só homem. 

Do mesmo modo a alma da mulher forte: visitai comigo os seus numerosos compartimentos; a sabedoria é o comandante do navio; tudo está em ordem, os pensamentos, os desejos, os projetos, as resoluções. O maquinismo interior funciona todo com maravilhosa
simplicidade, o vapor da imaginação é perfeitamente regulado, cada coisa está no seu lugar, e pode em verdade dizer-se que a principal beleza da alma consiste no seu interior: Omnibus gloria ejus ab intus. 

Que diferença quando a comparais com outras almas! Se fosse possível percorrer-lhes o interior com um archote na mão! Que câmara escura! Que desordem! Os objetos mais disparatados postos em monte, uns sobre os outros; os mais estranhos pensamentos a abalroarem-se, os desejos mais bizarros procurando aproximar-se; em uma palavra, a imagem da mais formosa desordem, da mais completa ausência de regularidade, podendo dizer-se que estão sempre ocupadas nos eu desarranjo. 

Não terminei ainda a explicação do texto: “A mulher forte converte-se num navio de um mercador, que traz de longe as suas riquezas”. Não basta que a embarcação seja graciosa e solidamente equipada, que tenha velas, mastros, vapor e um hábil piloto a bordo, conhecendo perfeitamente a derrota e o estado dos mares: é também necessário que se enriqueça. Bem vedes, o navio parte, vai á Índia, na América, e volta carregado de mercadorias. Assim a mulher forte deve também enriquecer a família pelos seus cuidados, atenção, economia e contínua vigilância: é isto o seu negócio, o seu comércio, as suas viagens. Tem-se visto muitos mercadores fazerem consideráveis fortunas com pequenos lucros; mas os grãos de areia amontoaram-se pouco e pouco, cada vaga foi trazendo alguns, e, a final a praia cobriu-se; a água da cisterna tornou-se considerável, e no entanto caiu gota a gota. 

A mulher pode também pelos cuidados, pela vigilância e pela severa economia chegar a admiráveis resultados; no fim de cada mês, ou mesmo de cada semana, pode entrar no porto da família com um carregamento inesperado. Mas, senhoras, na vida outra coisa há além do dinheiro. Quantas riquezas morais e intelectuais não pode recolher a mulher forte, em cada dia, nas suas relações com as almas, e, sobretudo, com as almas sérias e cristãs! Pode tirar
a nata ás conversações, ás leituras, aos discursos e fazer uma rica pirataria nos mares intelectuais; é nobre o ofício e perfeitamente honroso. E quando entrar na família, dar-lhe-á parte das suas riquezas, abrir-lhe-á o porão do navio, e todos os filhos correrão pra quinhoarem da carga, como a família dos mercadores que esperam uma valiosa carregação expedida da América, ou melhor ainda, como os pequenos peixes que se vêem a espreitar os navios que chegam, e lançar-se sobre eles, como sobre uma pressa a que tem algum direito. Assim, sobre todos os pontos de vista da riqueza material ou espiritual, a mulher forte é verdadeiramente como o navio de um mercador que traz de longe os seus tesouros. 


Um dos mais graciosos espetáculos que eu gozei na Rochelle, senhoras, foi o de ver, algumas vezes, nos meus passeios matinais, uma multidão de barquinhas saindo do porto e cobrindo o mar. Dir-se-ia que se enfileiravam em ordem de batalha contra o inimigo desconhecido que vinha desafiá-las, mas felizmente a flotinha só era dirigida contra peixes. Tinham um aspecto deslumbrante; os galhardetes, as cores variadas, as velas soltas, os movimentos e os
pequenos balanços das embarcaçõezinhas, tudo contribuía para atrair a vista. Estas flotinhas partem vazias, mas regressam com seus carregamentos de riquezas. Que elas sejam a vossa imagem, senhoras! Lanchas graciosas, saí em ordem de batalha! Ide à pesca das almas! Que o socorro material seja o anzol do vosso coração, e a alma de vossos irmãos o fruto da vossa santa e abençoada pesca! Ser-me-á sempre consolador e doce o ver-vos avançar assim, esperando-vos na praia, agradecendo a Deus o bem que tiverdes feito aos nossos queridos pobres, e rogando-Lhe que vos pague centuplicadamente.

Fonte: Salve Rainha

Veja também: A Mulher Forte: Um navio e a mulher (Parte 1)

terça-feira, 2 de agosto de 2016

A Mulher Forte: Um navio e a mulher (Parte 1)


Salve Maria, caros leitores!
Compartilhamos com vocês alguns trechos de 17 Conferências feitas às Senhoras da Associação de Caridade, por Monsenhor Landriot Arcebispo de Reims. Versão da 10ª edição francesa por Alfredo Campos, Livraria Inernacional 1877.
O título das 17 Conferências é "A Mulher Forte". Uma ótima leitura para ajudar a todas as mulheres a compreenderem melhor ao chamado de Deus a cumprirem o seu valioso papel na família e ocupar o cargo de Rainha do Lar, dado pelo próprio Deus. Abaixo, a primeira parte da 4ª Conferência: 


Um navio e a mulher! 


Vede aquele navio habilmente construído; é gracioso e sólido, e quando se lança sobre as vagas, munido de todas as velas, elegante e donairoso, é um dos ornamentos do oceano. De longe poderia ser tomado por uma ave gigantesca, que, com as asas abertas, adejasse



sobre a superfície líquida. Não basta que o navio seja gracioso; é necessário que seja solidamente construído para que se não desconjunte na primeira agitação, nem soçobre com a primeira rajada de vento. Mas escolheu-se a madeira para construí-lo; trabalharam-se com minucioso cuidado os materiais que se juntaram com toda a arte. Algumas vezes, quando a embarcação é de grande lote e tem de afrontar o mar largo, forra-se de cobre, para que possa resistir a todos os choques, e para que o ferro, depois de ter sofrido uma preparação elétrica, se não oxide ao contato da água. 

Maravilhosa imagem da mulher forte! 

Ela é graciosa como um navio bem construído: a sua palavra, os gestos, os modos, tudo tem a beleza e a elegância da embarcação.

Ela é o ornamento da família e da sociedade; nas reuniões de pessoas gradas apresenta-se como as yoles que se admiram no nosso porto, cuja história e origem se desejam conhecer. Ela é a aplicação viva da letra da Bíblia: A mulher graciosa encontrará a glória: Mulier gratiosa inveniet gloriam (Prov. XI,16). 

Mas a graça seria inútil, tornar-se-ia, até, perigosa, se não fosse acompanhada; assim a mulher forte é sólida como navio, o seu temperamento cristão é vigoroso, e ela pode resistir aos grandes mares, afrontar as vagas não respeitosas e continuar a sua derrota pelo meio delas; é forrada e cavilhada de cobre, isto é, de virtudes sérias, à prova do choque das paixões. Gosta de permanecer na onda salgada entre os perigos da vida, porque se conserva intacta, fazendo respeitar o pavilhão de sua família.


O navio tem numerosas velas, de todas as grandezas, de todas as formas e em todas as posições; tem-nas para qualquer direção do vento; desfranda-as com engenhosa arte e segundo as circunstâncias, e ora são todas soltas, perfeitamente pandas, apresentando um formoso quadro aos olhos do espectador, ora



parecem reservar-se produzindo-se somente em uma ordem, e conforme uma escolha determinada. Quando os ventos são contrários, a embarcação, inteligente, aproveita-os ainda no seu fim, manobra habilmente, parece desviar-se da sua derrota e corre por diferentes abordagens, forçando o vento espantado a tornar-se-lhe favorável. Em tempo seco, quando a calmaria no mar apresenta a imagem da imobilidade, a embarcação utiliza-se de um recurso que a ciência lhe põe à disposição; ascende as caldeiras, e agita-se um movimento desconhecido, e o mar é obrigado, no meio da sua surpresa, a abrir-lhe uma larga e rápida esteira.




A mulher forte também tem velas no espírito e no coração; possui uma multidão de recursos, que combinados com toda a honra, retidão e probabilidade, servem para a conduzir na direção sempre difícil dos negócios do mundo. Quando o vento é favorável navega com todas as velas, e deixa que o sopro da prosperidade a conduza ao porto suspirado, mas como sábio piloto põe os olhos no vento e não confia na fixidez das coisas deste mundo, como o marítimo na constância do oceano. Tanto que ela percebe uma modificação nos homens ou nas coisas, varia as suas combinações com a retidão de uma alma prudente, dispõe os meios para as conseqüências e arria as velas que seriam inúteis a até perigosas. Se o vento se torna absolutamente contrário, a mulher forte muda logo de orientação, dá outra posição ao barco, põe inteira confiança na vigorosa construção dele, tem a certeza da contextura sólida das velas, e, todavia, não é tão temerária que lute, face a face, com a tempestade. Adota uma posição média, em que se tomam as abordagens, em que se força o vento a cair obliquamente sobre as velas com ímpetos moderados, com força demasiado fraca para poder virar o navio, mas bastante poderosa para lhe poder dar um impulso, e fazê- lo ir precisamente aonde o vento não quereria ... Depois, se o vento cessa rapidamente e a derrota da embarcação é ameaçada de outro contratempo – a calmaria – a mulher forte recorre ao vapor, à energia da sua alma, ao vigor de um caráter rijamente temperado.


Quero dizer que a mulher com a finura do seu espírito, com a ductilidade do seu caráter, a flexibilidade da sua natureza, a perspicacidade da sua inteligência e a faculdade adivinhadora do seu coração, pode, quando põe todos os recursos á disposição da sabedoria e da virtude, livrar-se de todos os perigos, de todas as situações difíceis, e forçar, pouco e pouco, todos os elementos contrários a prestarem-lhe justiça e a auxiliá- la na sua viagem. Mas para conseguimento disto, senhoras, é necessário que pertençais a classe das mulheres fortes, na calmaria, e possuir-vos do vigor moral; é preciso que haja alguma coisa de viril no vosso caráter. A mulher perde demasiadas vezes o equilíbrio no meio da tempestade, e cai desfalecida; ou agita-se ela própria, e altera-se algumas vezes, mais tempestuosamente ainda que o mar.

Em tais violências ou prostrações o navio sofre sempre. Não nos cansamos em contemplar a graciosa embarcação. Tem ela uma qualidade muito preciosa e muito rara, qual é a de se bambolear sobre as vagas, a de ter uma força de elasticidade com a qual as segue: sobe com elas, com elas desce, e, todavia, prossegue na derrota. Ela gosta mais deste modo de avançar do que da luta, prefere a agilidade dos movimentos á violência que se precipitaria de contínuo, procurando cortar bruscamente as ondas.

Eu recomendo-vos, senhoras, - esta ciência do equilíbrio sobre as vagas, porque é a melhor das táticas, em muitas circunstâncias. Sim, o melhor, o mais seguro, o mais perfeito, é, muitas vezes, deixar as ondas no seu vai e vem, deixá-las bater o navio em todos os sentidos, e exclamar tranquilamente como o Profeta: “Meu Deus! É a vossa providência quem governa e abre a senda no meio dos mares, quem prepara uma via segura por sobre as ondas; mostrais assim que podeis salvar a gente de todos os perigos, ainda mesmo quando se embarca sem conhecimentos náuticos: Etiamsi sine arte aliquis adeat mare." (Sabedoria XIV, 3-4) Depois desta


oração do marítimo, o melhor, muitas vezes, é não fazer coisa alguma e esperar, seguir o movimento das vagas e não procurar mesmo contrariá-las. É preciso, sim, conservar com cuidado a destreza e imponderância que nos colocam sempre á superfície das vagas; é preciso nada perdermos dos nossos hábitos e das nossas convicções verdadeiras, e flutuarmos á mercê de Deus, esperando dias melhores. Nada aplaca tanto as ondas como este procedimento, pois elas acabam por compreender que nada ganham atacando certos navios, e resignando-se a sorte de não serem escusadas, acalmam-se muito mais facilmente. Uma piedade séria e profunda, enraizada na alma poderá dar-vos a destreza e a energia que luta tanto mais, quanto mais parece ceder. O que sobre este assunto parece tão simples, tão natural, tão necessário, é extremamente difícil. Custa muito ao amor próprio chegar lá; são necessários sacrifícios a todos os instantes, sacrifícios de idéias e de afetos; são necessárias imolações constantes, pois a vaidade julga-se ferida, atacado o caráter, e todas as susceptibilidades despertam ao mesmo tempo. Não, a natureza abandonada a si própria nunca produzirá tais efeitos, com quanto pareçam tão simples, tão fáceis, tão indispensáveis á felicidade; quando muito compreender-lhe-á beleza ideal; mas o amor próprio terá as suas revoltas e tornarse-á mau conselheiro, não quererá ceder, gostará mais de resistir e sofrer as conseqüências deploráveis da sua pertinácia. A verdadeira piedade, destacando-nos do humano, levantando-nos da terra e elevando-nos o caráter, predispõe-nos naturalmente para o estado vigoroso e forte do equilíbrio, em que a prudência é o nosso lastro, e em que os movimentos impetuosos do nosso amor próprio são contidos por uma sabedoria superior.

O navio tem ainda outro recurso: se o tempo está mau, lança


âncora, que é um grosso instrumento de ferro, recurvo para dois lados, em uma extremidade, e que anda suspenso nos flancos da embarcação. Em mares alterosos e perigos na derrota, arria-se a ancora. Esta massa desce ao mar, e, pelo peso, fixa o navio, convertendo-se em uma espécie de fundamento sólido, no meio dos abismos.

A alma deve ter também uma âncora, ou várias âncoras suspensas nos seus lares, para que, quando a tempestade estale, as lance nas profundidades do Ser divino, permanecendo imóvel, esperando a bonança. As âncoras da alma são de várias espécies, e sob este nome compreendo tudo quanto pode sustentar-nos e ficar-nos: -


princípios sólidos e vigorosamente estabelecidos, uma grande firmeza de caráter, amizades sérias e cheias de confiança, e, sobretudo, uma crença inabalável em Deus, uma energia de fé capaz de transtornar as montanhas. Tais são as verdadeiras âncoras para a alma, e nunca a corrente que as suspende se quebra quando é fabricada no céu. Eu suplico-vos, senhoras, para que, no meio das dificuldades da vida de família, no meio das alterosas vagas, que chegam subitamente e agitam o navio humano em todos os sentidos, peço-vos para que sigais o meu conselho: lançai âncora e permanecei assim! E que fazer depois? – me perguntais vós. Nada mais que sustentá-la e orar. Não é isto o que faz o nauta em pleno mar?

Todo o navio tem uma bússola. Com este pequeno instrumento o marítimo sabe onde está e as regiões a que se dirige, e pela agulha magnetizada conhece a situação da derrota do baixel. Os astros


podiam bastar-lhe em muitas circunstâncias, e a estrela polar é a melhor indicação para a direção ao norte, mas as nuvens cobrem muitas vezes o céu, e a cintilação das estrelas está oculta. Neste caso a bússola é indispensável, porque substitui a luz das alturas.


Pois na vida ainda é necessário ter uma bússola, um indicador celeste para se não andar caminho errado. A maior desgraça de muitas mulheres é não a terem tido em muitas circunstâncias da sua vida, e, sobretudo, na sua mocidade. Um dia estalou a tempestade e as trevas condensaram-se, e não sabendo aonde se dirigiam despedaçaram-se de encontro a uns escolhos. A melhor bússola da mulher será uma piedade esclarecida, e tão doce como firme; a luz da fé deve sempre iluminar-lhe a derrota, e no interior da alma deve ter uma prudência cheia de sabedoria, um instinto celeste, uma consciência reta que sirva para dirigi-la na marcha e para lhe indicar a verdadeira posição dos objetos. Com estas precauções, senhoras, não flutuareis á mercê de qualquer vento de doutrina, e sabereis que há derrotas que a mulher cristã não deve seguir, e que
há certos escolhos que devem ser evitados se não quer naufragar. A bússola pode ainda estender-se de outro modo: - há imaginações que a não têm, ou que as têm desorientada, e, neste caso, colocam o norte ao sul, o oriente ao ocidente, e não poucas vezes vêem os objetos invertidos. Perdem, de contínuo, o norte, para me servir de uma expressão marítima: nada tem de fixo, nada certo, ou antes, tem uma mobilidade perpétua, um reviramento de bordo, tão freqüente como inopinado, de modo que delas se pode dizer que só logram constância na inconstância. Que conselho a dar-lhes, uma vez que a religião os deve ter para todas as situações da vida e para todas as formas de caráter? Ser-lhe-á especialmente útil a prática da humildade; e uma profunda desconfiança de si próprias e das suas apreciações, uma sábia lentidão nos seus movimentos e resoluções servirão para prevenir numerosos perigos e impedir passos em falso. Eu aconselho-as, além disto, a fazerem-se rebocar por outra embarcação, munida de bússola e governada por um hábil piloto, a deixarem-se dirigir e conduzir por pessoas sábias e dedicadas, e a não fazerem coisa alguma sem prévio conselho. Deste modo suprirão, quanto é possível, a impotência natural, e sem esta indispensável precaução, o número dos seus naufrágios será incalculável. (continua...)

Fonte: Salve Rainha